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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

UMA QUARTA-FEIRA DE CINZAS

Fonte: Solimar Oliveira lima*
02/12/09


Em novembro, mês da Consciência Negra, foi destruído mais um Quilombo. O poder da elite se manifestou com a força estatal na definição da politica pública para a cultura carnavalesca em Teresina. Senhor e capitão do mato decretaram o fim do carnaval com escolas de samba e blocos na av. Marechal Castelo Branco. As forças dominantes e seus históricos prepostos sabem que sem a apresentação concentrada de escolas e blocos não existe o carnaval das raizes do nosso povo.


A alegação oficial para as mudanças revela ausência de sensibilidade e compromisso político com espaços potenciais de afirmação popular. Não bastam investimentos em diversificação das linguagens artisticas. É dever preservar identidade cultural, sobretudo quando ainda precisamos consolidar uma que respeite a presença dos diferentes segmentos sociais. A leitura de cultura única é valida quando se vê o povo como somatório de muitos sem negar partes. Na cultura de todos, existem diferenças e é isto que enche nossos olhos e corações diante do colorido das manifestações culturais. Esta nossa cultura é que nos dá unidade.


Ser uno com dimensão coletiva é aprendizado básico no carnaval. No desfile concentrado de escolas e blocos, o resultado depende de todos. Por isto, a competição é de partilha e solidariedade. Na avenida, com a mesma paixão pelo samba, tudo de um pode ser do outro. Nós, sambistas, somos apoios técnicos, intérpretes, passistas, instrumentos, carnavalescos e cores do samba. A emoção, nas alegrias e tristezas, faz desaparecer divergências. Os interesses particulares existem apenas para a alegria do povo.


O carnaval concentrado de Teresina não pode ser apenas para o interesse de mercado. Ainda que o povo esteja nele, não se faz como tradição do povo. A dispersão de escolas e blocos nos bairros invizibiliza socialmente e fragiliza politicamente as agremiações carnavalescas. Retiram a força politica das representações populares, colocam as agremiações na periferia do centro de decisões da cultura. Uma cultura que exclui, não promove o bem comum. Qualquer ação estatal que contribua para a fragmentação popular e para o aumento da distância cultural do povo conspira contra o interesse público.


O que a elite antipovo não sabe é que, para nós, sambistas, toda quarta-feira de Cinzas é começo de carnaval. Quando todos pensam que chegamos ao fim, já estamos acumulando forças para fazermos do ano seguinte o mais belo de todos. Este é o nosso ritmo, nossa cadência e harmonia de vida. Gostamos e fazemos samba e carnaval por amor e resistência. Queremos e defendemos estar juntos e junto à sociedade. A concentração é do povo e o povo é a fonte do samba. Viva o povo e salve o samba!


* Prof. Dr. do Departamento de Economia, do Programa de Pós-Graduação em História e do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e pesquisador do Núcleo IFARADÁ, da Universidade Federal do Piauí. Em 02 de dezembro é comemorado o Dia Nacional do Samba.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Diretor de "Do Começo ao Fim" diz provocar com caso de incesto gay

Fonte: Folha Online
27/11/2009 - 10h38

SILAS MARTÍ
da Folha de S.Paulo, enviado especial ao Rio

No punho direito, Aluízio Abranches tatuou a palavra "trust" (confiança, em inglês). Deixou aparecer várias vezes as letras pretas numa casa da Gávea, no Rio, onde conversou com a reportagem.

Divulgação
Os atores João Gabriel e Rafael Cardoso, que vivem irmãos apaixonados, em cena de "Do Começo ao Fim"
Os atores João Gabriel e Rafael Cardoso, que vivem irmãos apaixonados no cinema

"Quando vi o olhinho dele molhado, decidi que era ele mesmo", lembra o diretor, confiante, falando de como escolheu o ator João Gabriel para ser um dos irmãos que se apaixonam --e vivem um romance-- em "Do Começo ao Fim".

Sabendo que "a homossexualidade existe, mas não incomoda", Abranches deu um passo além. Pôs em cena dois irmãos, um loiro e um moreno, que têm um caso de incesto gay. "Queria provocar", admite o diretor.

Mesmo com a "autoestima lá embaixo", Abranches também parece ter confiança total no filme que estreia hoje.
Depois que cenas com os atores João Gabriel, o moreno do "olhinho molhado", e Rafael Cardoso, dos cachinhos dourados, vazaram --e bombaram-- na internet no início do ano, todo tipo de boato já cercou esse filme. Quando foi cortado da lista do Festival do Rio, em setembro, houve suspeitas de que diretor e equipe não conseguiam chegar a um acordo em relação à montagem final.

"Quando vi a primeira cena, tomei um choque na coluna", conta Gabriel. "Mas depois vi que não era tão conflituoso."

Esse receio, que pende entre o escândalo e a discrição, acaba sufocando o filme. Na encenação do tabu, Abranches, o diretor do tórrido "Um Copo de Cólera", cria um mundo de estética quase publicitária, achata conflitos e esconde o drama sob diálogos arrastados, trilha sonora plácida e músculos lisos. "Ficou delicado mesmo", diz Rafael Cardoso, que vive o irmão mais novo. "Está tudo muito implícito porque a gente estava muito à mostra ali."

No que parece ser uma fusão entre comercial de margarina e, depois, de creme de barbear, não há drama. Dois irmãos se apaixonam, e a sociedade aceita, a mãe aceita, o pai aceita. "Eles têm sofrimentos, momentos de solidão, de conflito, mas numas camadas mais veladas", diz Abranches. "Não acho que seja um filme cor-de-rosa."

Se não pink, "otimista", nas palavras do diretor e dos atores. "É uma história de amor entre dois jovens", relativiza Cardoso. "Queria fazer um filme otimista, sobre amor, um amor possível", conclui Abranches.

Mas, em cena, esse afeto aparece truncado. Se nos trailers que vazaram no YouTube, Gabriel e Cardoso se esbaldam em carícias, o filme baixa o tom e reveste de frieza o contato entre os dois, um romance que não passa do morno ao quente.

Heterossexuais na vida real, Gabriel e Cardoso ensaiaram para construir o amor na ficção, mas não convencem. "Não tem nenhum pudor eu com ele, ele comigo", diz Cardoso. "A gente é movido por libido", diz Gabriel. Mas o "trust" parece ficar mesmo só no punho do diretor.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Introdução à bicha fina

Fonte: Por João Silvério Trevisan

Sair do armário equivale a descobrir um novo continente, tanto dentro de nós quanto na sociedade. Outro dia duas lésbicas me contaram como, no começo do relacionamento que mantêm há anos, não tinham com quem conversar quando brigavam, desprovidas que estavam de parâmetros sobre mulheres vivendo conjugalmente. Como essa, existem milhares de situações na vida homossexual que parecem inéditas, graças à invisibilidade e ao estigma. Aí se inclui a atitude que devemos manter em público, para além do estereótipo mais visível da bicha desmunhecada. Tal busca de identidade pública provoca experimentações discutíveis. Tanto que, em certos ambientes gueis, às vezes me pergunto se não estou num outro planeta.

Isso me aconteceu há pouco, no supermercado do shopping Frei Caneca, lotado de homossexuais. Havia um clima irrespirável, de tanta arrogância e vaidade das bichas que desfilavam por ali. E não foi a primeira vez que senti isso no Guei Caneca. É assustador que um espaço conquistado pelos homossexuais tenha se tornado mera passarela para um estilo de vida fútil e exibicionista. No supermercado, imperava o carão. Ninguém se olhava, pois com certeza todos estavam ali para serem olhados. (Ora, se ninguém olha pra ninguém, qual a graça de desfilar?) Tratava-se sobretudo de exibir músculos bem trabalhados, mal cobertos por camisetas da moda. Parecia um séqüito de aristocratas exalando um ar enfadado de quem mal suporta repartir espaço com a desprezível plebe.

Empurrando seus carrinhos de supermercado como tronos ambulantes, olhavam os produtos quase com desprezo. No esforço de não desmunhecar, seus gestos resultavam rígidos, controlados e calculados. O cuidado com a discrição era tal que se confundia com mau humor. Conversava-se à base de monossílabos, sobretudo os casais, que pareciam ostentar sua condição conjugal com o subtexto: "Vejam como casei bem". Aliás, os únicos a conversar com naturalidade ali eram alguns jovens casais héteros, que agiam sem disfarces e totalmente à vontade. Na fila do caixa, prestei atenção numa bicha que, apesar da falta de charme e da voz de taquara rachada, parecia ter incorporado a princesa Diana. Demorei até perceber que ela estava se sentindo a Diana graças aos seus óculos azuis de grife, nos quais certamente gastara metade do salário. Lembrei dos 10 anos em que morei nos Jardins, um dos bairros mais esnobes de São Paulo. Pois bem, no Shopping Frei Caneca eu parecia estar diante de uma versão guei das madames dos Jardins, desfilando suas roupas da moda, exceto que no lugar do nariz empinado por sucessivas plásticas ali desfilavam músculos trabalhados a peso de ouro. Então minha pergunta inicial poderia se inverter: não estariam tais homossexuais vivendo em outro planeta?

Essa espécie de praga social, que se espraia entre a comunidade guei, inscreve-se na velha "síndrome da bicha fina". Anos atrás, bicha fina banhava-se em perfume francês, coisa que caiu de moda, para não dar bandeira. Hoje, bicha fina é "discreta", musculosa, usa roupas de grife e faz carão. O carão, que virou estilo de vida para muitos gueis, é um cacoete que funciona como gesto de auto-afirmação: devo ser olhado porque sou especial, enquanto os outros são desprezíveis demais para merecer meu olhar. Nesse clima, é inevitável que os ambientes gueis se caracterizem por uma verdadeira guerra de egos acirrados. Em conseqüência, eclode um problema recorrente em muitos homossexuais: a mitomania, ou tendência mórbida de mentir. Por se julgarem com defeito de fabricação, muitos homossexuais tentam se "consertar" através do engrandecimento exasperado: inventam mentiras para se valorizar.

O mais notável mitômano que conheci na minha juventude foi um rapaz que alardeava ser descendente da casa real portuguesa e ter sido amante do rei da Bélgica, entre outras pérolas. Na vida real, ele nunca saíra do Brasil, e seu pai era comerciante num bairro de baixa classe média de São Paulo. Nessa época, bichas mitômanas eram casos esparsos, parte do folclore guei e motivo de gozação. Hoje, parece que a mitomania tornou-se uma qualidade e se generalizou. Nos chats gueis da net, todo mundo vende imagem de lindo, sarado, viril e tem pelo menos 20 cm de pau. Um verdadeiro olimpo de deuses – que não sobrevive ao primeiro encontro. Ora, toda essa mania de grandeza significa um esforço de afirmação que resulta de uma auto-estima periclitante. Tentando barrar um impulso de rejeição, a bicha fina mascara-se como personagem grandioso, e busca ser outra pessoa através de mentiras megalomaníacas. Com isso, foge da sua (dura) realidade.

Acredito que o meio homossexual vive hoje uma espécie de engenharia identitária, no esforço de construir publicamente aquilo que antes vivia oculto. Nessa ótica, o Shopping Gay Caneca tornou-se um grande laboratório identitário, onde gueis testam uma imagem pública que parte de premissas equivocadas. Do homossexual invisível e sem rosto de antes, passamos à construção de uma espécie de super-homossexual – quem sabe o Super 24 – de músculos exuberantes e corpo depilado, cujo ideal máximo é a discrição, para atingir um padrão de aceitação social. A moda da depilação masculina indica uma forma narcisista de ressaltar a musculatura, mas também uma obsessão com a higiene.

O componente de vaidade auto-afirmativa passa por uma variante do tipo: "sou bicha, porém limpinha". Levada às últimas conseqüências, essa compulsão higienizante talvez sonhe em adicionar à merda um cheiro mais atraente, conforme o dia e a hora: hoje vou cagar odor Kenzo, mês que vem cagarei Chanel 5 (em homenagem à Marilyn Monroe), etc. Afinal, não é impunemente que homossexuais passam pela barreira do preconceito.

No interior de São Paulo, um dos apelidos mais cruéis que conheço é o de "besouro", para homem que gosta de comer viado. É que besouro curte merda. A associação entre homossexualidade e sodomia leva imediatamente à fantasia da sujeira (nos documentos antigos, um dos sinônimos de viadagem era justamente "sujidade"). Portanto, o fenômeno da bicha fina não caiu do céu. Resulta do estigma e da parca experiência que nós homossexuais temos para superá-lo através de uma identidade social. Repito: para nós tudo é muito novo, no sentido de compreender nosso espaço no mundo, então estamos ensaiando várias maneiras de "ser" socialmente.

O engraçado, para não dizer irônico, é que no caso da bicha fina, sai-se da invisibilidade diretamente para o exibicionismo. Da total ausência social, chegamos à anomalia coletiva do carão. O resultado é um desfile de egos trôpegos, à procura de si mesmos, como no Shopping Gay Caneca. Se alguma coisa está desfilando ali é a falta de aceitação de si mesmo. A bicha fina tenta afirmar fora de si alguma coisa frágil dentro de si. Em resumo: não gosta do que é. Trata-se de uma velha conhecida, causa de todo conflito de aceitação: a homofobia internalizada. Se historicamente homossexuais acostumaram-se a viver escondidos, está mais do que na hora de mostrar a cara. Sem medo. E sem carão, por favor. Nossa identidade social nasce da verdade pessoal que construímos interiormente. E não de máscaras trocadas conforme a conveniência, pra parecer bacana.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Matizes participa de atividades no Dia Mundial de Combate a AIDS


O grupo Matizes, O Fórum ONG/AIDS do Piauí e outros Segmentos da Sociedade Civil Organizada juntamente com o Poder Público promovem dia 1º de Dezembro (Dia Mundial de Combate a AIDS) diversas atividades de sensibilização, conscientização e orientação para sociedade teresinense.

Esta data será uma manifestação a favor da vida e contra todas as formas de preconceito, intolerância e desinformação social acerca da AIDS. Como diz o poeta Mário Quintana “Todos estes que aí estão atravancando o meu caminho/ Eles passarão/ Eu passarinho”.

Segue abaixo a Programação Dia Mundial de Combate à AIDS:

Praça João Luis Ferreira: Panfletagem, apresentações de ONGs, distribuição de insumos de prevenção e mobilização social.
Horário: 09 ÀS 17h;
Participação: ONGs LGBT, RNP+, Rede de Terreiros, ABL, Centro de Referência Homossexual Raimundo Pereira, SESAPI (Coordenação DST-AIDS Estadual), Grupo ANJOS, Grupo Matizes, Coletivo Mirindiba e ATRAPI.
Caminhada CANDEAIDS: Trajeto Praça João Luis Ferreira até Adro da Igreja São Benedito;

Praça Esplanada: Panfletagem, distribuição de insumos de prevenção e mobilização social.
Parceria: PSF e APROSPI;
Horário: Manhã e Tarde

Mercado do Dirceu: Panfletagem, distribuição de insumos de prevenção e mobilização social.
Pareceria: PSF e ONGs;
Manhã

Justiça Itinerante: Comemoração 6 anos da Justiça Itinerante: Panfletagem, distribuição de insumos de prevenção e mobilização social.
Parceria: PSF, Justiça Itinerante e ONGs;
Horário: Manhã e Tarde

Mercado do Parque Piauí: Panfletagem, distribuição de insumos de prevenção e mobilização social.
Parceria: PSF e ONGs
Horário: Manhã

Shopping da Cidade – Centro da Cidade: Panfletagem, distribuição de insumos de prevenção e mobilização social.
Parceria: ONGs;
Horário: Manhã e Tarde;

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Show pela Paz canta pela Não-Violência contra a Mulher

O músico e compositor Marcelo Yuka, ex-integrante do Rappa, declara em um de seus versos-canção: "Paz sem voz, não é paz, é medo". Soltando a voz em demonstração de solidariedade e apoio à luta contra a violência às mulheres e ao dia 25 de novembro, Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher", acontece nesta sexta-feira (27/11) às 22 h no Bar Casa de Barro o 'SHOW PELA PAZ" com a presença da cantora Claudia Simone e participação especial de Lourival Tavares, Dimas Bezerra, Machado Junior e outras atrações.

A data de 25 de Novembro foi escolhida internacionalmente para lembrar a morte das irmãs Mirabal (Pátria, Minerva e Maria Teresa), assassinadas pela ditadura de Leônida Trujillo na República Dominicana. Este dia tem um importante valor simbólico e politico no sentido de encorajar as mulheres de todo o mundo a fazerem coro para denunciar qualquer ato de violência que atente a sua dignidade. A partir de março de 1999, as Nações Unidas(ONU) ratifica o dia 25 de novembro como Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher.

Como marco na luta contra a violência que atinge as mulheres no Brasil, foi sancionada em agosto de 2006 a Lei Maria da Penha (Lei 11340) que visa "criar mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher" bem como estabelece penas mais rigorosas aos infratores das normas previstas na lei.


terça-feira, 24 de novembro de 2009

Mulheres piauienses realizam ato no dia Internacional pelo fim da Violência contra a Mulher














Segundo pesquisa da Fundação Perseu Abramo aproximadamente mais de 2 milhões de mulheres são espancadas a cada ano no Brasil. Por trás destes números esconde-se a história de mulheres concretas que tem suas vidas submetidas a um cotidiano de terror, insegurança, silenciamento, privação de sua dignidade humana e desespero de como reagir frente a esta escalada de violência. Para denunciar este cenário de violência e encorajar a sociedade a dizer um não a esta situação, a União das Mulheres Piauiense (UMP) realiza atividades durante o dia 25 de novembro dia Internacional de Luta pelo Fim da Violência contra a Mulher.

Dia 25/11 será exibido o filme-documentário "Maria do Brasil" às 19 h no CSU do Poty Velho. No dia 29 de novembro ocorre o 1º Passeio Ciclistico "Pedalando pela Vida da Mulheres! Contra a Violência e Impunidade" com concentração e saída às 7 h na praça da Bandeira e finalizando na praça do Poty Velho com ato público.

"Este ato é importante para mostrar que a violência contra a mulher é um problema de toda sociedade brasileira e não somente das vitimas que vivenciam esta situação. Sociedade civil organizada, escolas, mídia, empresários, governos, artistas, intelectuais e o cidadão comum devem tomar partido contra este fato, pois caso contrário seremos cumplices e omissos com este crime que mutila tanto fisica quanto psicologicamente a condição da mulher. Silenciar frente a este tipo de violência é favorecer a impunidade, o que é inadimissível para uma sociedade que se queira fraterna, solidária e respeitadora da Dignidade Humana.", reflete Marinalva Santana, ativista da Liga Brasileira de Lésbicas no Piaui.

sábado, 21 de novembro de 2009

LGBTT'S piauienses comemoram a promulgação da Lei do Nome Social de Travestis e Transexuais

O segmento organizado na defesa dos Direitos Humanos e Cidadania dos LGBTT's (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais ) do Piauí vai reunir-se nesta terca-feira (24/11) para comemorar a promulgação da Lei do Nome Social das Travestis e Transexuais que acontecerá às 10 h no Salão Nobre da Assembleia Legislativa do Piaui. A conquista desta nova lei foi resultado da ação da sociedade civil organizada junto ao poder legislativo através de Projeto de Lei apresentado pela Deputada Flora Izabel.

O amparo legal para reconhecimento e identificação do nome social de Travestis e Transexuais piauienses assegura a este grupo social o direito de definir sua própria identidade no preenchimento de fichas escolares, prontuários de hospitais públicos e outros formulários de órgãos da Administração Pública Estadual, favorecendo assim o exercício e inclusão da cidadania do segmento trans.

"Com certeza, esta lei é um importante passo para fortalecermos a auto-estima de travestis e transexuais do Piauí, pois respeita a nossa identidade de gênero e evita o constrangimento de termos que nos identificar em documentos com um nome que não se adequa ao nome social que adotamos.", declarou Joseane Borges, Coordenadora do Grupo Piauiense de Transexuais, GPTRANS.

Para prestigiar a promulgação da lei estarão presentes na Assembleia Legislativa diversas entidades LGBTT'S do Piauí e do Brasil: ATRAPI (Associação de Travestis e Transexuais do Piauí), MATIZES, APITRA (Articulação Piauiense de Travestis e Transexauis), GPTRANS( Grupo Piauiense de Transexuais), ANTRA (Articulação Nacional de Travestis e Transexuais), GGLOS (Grupo Guaribas de Livre Orientação Sexual ), Boneca de Pano (Grupo de Travestis de Parnaiba), GULOS (Grupo Unionense de Livre Orientação Sexual ), AFLODS (Associação Florianense do Orgulho de Ser).

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Os tambores vão rufar em Teresina durante Semana da Consciência Negra

O Grupo Afro Cultural Coisa de Nêgo e o Questão Ideológica promovem entre os dias 16 a 20 de novembro um conjunto de atividades artistico-culturais para celebrar o mês da Consciência Negra. Durante esta semana os tambores vão rufar em vários espaços da cidade:
  • 16 de Novembro: Lavagem da Escadaria da Igreja São Benedito às 06:30 da manhã
  • 17 de Novembro: Palestras nas escolas públicas da capital manhã e tarde. Amostra de video na praça da vila Carlos Feitosa às 18:30
  • 18 de Novembro: Amostra de video na vila Irmã Dulce às 18:30
  • 19 de Novembro: Palestra dos Grious Loca: ADOMAI e MILTÃO - MNU, Memorial Zumbi dos Palmares às 16:00
  • 20 de Novembro: XXIV Festa da Beleza negra, Central de Artesanato - 19:00 h

sábado, 14 de novembro de 2009

"Amostra Cumbuca Cultural" promete agitar as noites teresinenses

Teresina vai ferver entre os dias 20 e 21 de novembro com mais uma edição da "Amostra Cumbuca Cultural" que acontece no espaço Nóe Mendes (UFPI). O conjunto das bandas que irão se apresentar durante o evento promete agradar a todos os paladares musicais através da mistura de ritmos sonoros como samba-rock dialogando com a bossa, maracatu, o soul, o baião e o reggae, passeando por outras miscelâneas que tem raízes no Xote, no Bumba Meu Boi e Carimbó. Este cardápio musical é apenas um aperitivo para as outras inumeras surpresas que agitarão os embalos de sexta e sábado à noite.

Para embalar a noite do dia 20, a partir de 21h, estarão as atrações do Eucapiau, Fullraggae, Captamata, Conjunto Roque Moreira e Teófilo Lima. Já no dia 21, todas as tribos cantaram e dançaram ao som de Clínica Tobias Blues, Eita Piula, Rafiofônicos, Batuque Elétrico e Validuaté. Agora é contagem regressiva para o dia em que Teresina vai parar para cumbucar.

Teresina sedia I Encontro Internacional de Cultura Africana

Fonte: Portal 180graus
05-11-2009 às 12:57:00

Teresina sedia I Encontro Internacional de Literatura, História e Cultura Africana a partir do próximo dia 18 na Central de Artesanato Mestre Dezinho. Palestras, minicursos, conferências, mesa-redonda, comunicações e atividades culturais estão na programação.

Está confirmada a participação da romancista e poetisa angolana Isabel Ferreira e do professor Dr. Francis Musa Boakari. A promoção é do Núcleo de Estudos e Pesquisa Afro, Núcleo de Estudos Literários Piauienses e Centro de Estudos Literários e Gênero.

O valor da inscrição varia de R$ 15 a R$ 30 até o dia 8 de Novembro para quem quer participar com apresentação de trabalhos. Para ouvintes, as inscrições podem ser realizadas até o dia 17 - véspera da abertura. Interessados podem manter contato pelo link: bit.ly/3DKrhJ

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Turismo gay é considerado uma mina de ouro em tempos de crise

Fonte: G1

11/11/09 - 17h01 - Atualizado em 11/11/09 - 17h00

Da EFE

Londres, 11 nov (EFE).- Em um momento difícil para o setor turístico, obrigado a lidar com corte de custos por causa da crise econômica internacional, o turismo especializado para homossexuais se transformou em uma mina de ouro capaz de gerar importantes rendimentos no longo prazo.


Segundo o executivo-chefe da empresa de consultoria Out Now, Ian Johnson, apenas no Reino Unido cerca de 3 milhões de gays, lésbicas, bissexuais e transexuais são responsáveis pelo ingresso de 81 bilhões de libras (89,600 bilhões de euros), o que significa que este é um nicho de mercado "muito atrativo".


O responsável pela empresa de consultoria especializada no nicho gay destacou em uma entrevista coletiva realizada durante a feira World Travel Market (WTM) realizada em Londres que "não se pode fechar as portas a um público que movimenta US$ 700 bilhões (467,500 bilhões de euros) nos Estados Unidos e que reúne 12 milhões de pessoas na América Latina, 15 milhões de europeus e mais de 1 milhão de australianos".


"Os gays e as lésbicas gostam de viajar para lugares que se sintam bem e ter a segurança de que serão tratados com todo respeito que merecem", indicou Johnson.


Há alguns anos, são muitas as cidades que perceberam as possibilidades deste negócio e se apresentaram como "destino turístico gay", oferecendo rotas especificamente preparadas para este público.


É o caso de Tel Aviv que, com uma oferta que mistura cultura, história, sol, praia e lazer noturno, pretende atrair visitantes com o título de nova "capital do homossexualismo".


Conforme o assessor de Turismo da Prefeitura de Tel Aviv, Yaniv Waizman, a maneira de abordar e convencer este público não é com grandes campanhas de marketing, mas "proporcionando aos turistas grata experiências que depois vão contando a seus conhecidos".


Os analistas concordam que o marketing "boca a boca" é o principal meio que influenciam os homossexuais a decidir na hora de escolher os destinos das férias, seguido muito de perto pelas redes sociais.


De fato, segundo os dados da Associação Internacional de Gays, Lésbicas e Bissexuais (IGLTA, na sigla em inglês), o poder aquisitivo desta parcela da população, seu maior controle do tempo livre e seu interesse em conhecer outras culturas fizeram com que o "turismo gay" tenha sido capaz de resistir à crise melhor do que o "turismo heterossexual". EFE

SP: Aprovado texto sobre atendimento médico a trans

Fonte: MixBrasil
11/11/2009

Por Redação


O Conselho Regional de Medicina de São Paulo aprovou nesta semana uma resolução que normatiza o atendimento médico a travestis, transexuais e transgêneros. De acordo com o texto, o respeito ao ser humano e a integralidade da atenção serão as bases das ações adotadas por equipes de saúde quando atendendo pessoas trans.

Uma das recomendações diz respeito ao nome social dos pacientes. Durante o atendimento, o(a) paciente tem o direito de usar o nome pelo qual prefere ser chamado. A resolução destaca ainda o atendimento psicossocial, psiquiátrico, endocrinológico e intervenções cirúrgicas.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

I Mostra de Cinema LGBT entra no circuito teresinense

A arte do cinema seduz e encanta seus admiradores pela sua capacidade de narrar a vida humana em suas múltiplas possibilidades através do poder sugestivo e simbólico de imagens e sons que dão sentido a narrativa filmica. Pelo cinema, um novo mundo imaginário pode se descortinar e ressigficar as relações humanas. É utilizando a força educativa do cinema que a Secretaria de Assistência Social (SASC) através do Centro de Referência para a Promoção da Cidadania Homossexual Raimundo Pereira (CRH-RP) fará O lançamento da I Mostra de Cinema LGBT acontece na sala Torquato Neto, no Clube dos Diários,"Boca da Noite", dia 11/11 a partir das 18:30 h.

Através da linguagem cinematográfica, a Mostra de Cinema LGBT pretende propiciar ao público-alvo destas atividades um momento de reflexão sobre práticas socioculturais legitimadoras, ou não, de preconceitos e discriminações contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. Neste sentido, o debate e compartilhamento de idéias entre os sujeitos participantes da mostra contribuirá para disseminação do respeito à Diversidade Sexual.


A I Mostra de Cinema LGBT tem a parceria da Fundação Cultural do Piauí (FUNDAC), Coordenadoria de Direitos Humanos e Juventude (CDHJ), Coordenadoria de Comunicação Social (CCOM), Secretaria Estadual de Educação e Cultura (SEDUC), Secretaria Municipal de Educação (SEMEC) e da deputada Flora Isabel.

A performance da Drag Queen Patty Girl estará entre as atrações do lançamento além da exibição do curta-metragem "The Closet".

domingo, 25 de outubro de 2009

NY pode permitir casamento gay nas próximas semanas

Fonte: MixBrasil
23/10/2009

Por Redação


O reconhecimento do casamento gay pode se tornar realidade em Nova York em breve. Durante jantar com representantes do governo nesta quinta, 22, o governador David Paterson, velho apoiador da causa, disse esperar assinar a lei da união gay nas próximas semanas.

De acordo com o "New York Times", Paterson afirmou ter expectativas de, em breve, receber do Senado a versão final do texto para poder sancioná-la.

Caso a lei entre de fato em vigor, Nova York será o sétimo Estado norte-americano a reconhecer o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Drags e transformistas homenageiam Laura Di Vision com série de apresentações no Rio de Janeiro


23/10/2009

Fonte: MixBrasil -
23/10/2009
Por Redação


A Parada do Orgulho LGBT do Rio rola em 1º de novembro e sua programação oficial já está à toda. Neste fim de semana, entre os dias 23 e 25, os palcos do Rio de Janeiro recebem a cultura LGBT.

É que rola o projeto Laura Di Vision Auto-Retrato, reunindo música humor e teatro em uma homenagem a Laura, diva drag morta em 2007. Drags e transormistas conhecidíssimas na cena carioca se reveza para relembrar a icônica figura e provocar muitas risadas.

Personagens gays de espetáculo em cartaz no RJ vão da sedução ao estereótipo

Fonte: MixBrasil
23/10/2009

Por Rodolfo Lima
Foto: Robert Schwenck


Dura cerca de cinco minutos a cena gay de “O Despertar da Primavera”, versão brasileira de Spring Awakening, versão musicada do texto de Frank Wedekind que traz a cena os dramas de um grupo de adolescentes do século XX. O texto é um clássico e transpassa por questões espinhosas como incesto, suicídio, aborto e homossexualidade.

Claro que o musical ameniza o peso dessas questões, porém não as ignora, apenas suaviza. Afinal o entretenimento está em primeiro plano. Claudio Botelho e Charles Moeller - os responsáveis pela versão brasileira, sabem disso e transformaram os personagens de Wedekind em anti-heróis, belos e incompreendidos. Não duvide, é tudo tão bonito e bem executado que é (quase) impossível não se encantar pela encenação. Os atores cantam, dançam, causam empatia no primeiro momento. Tanto para os jovens - que se identifica, quanto para os “adultos” que relembram passagens de sua história, tudo com ares nostálgico.

Melchior é mais pop que o original. O existencialismo presente na peça do dramaturgo está abafado com as caras, bocas e músicas que o “mocinho” executa. Elevado a categoria de novo astro, o ator Pierre Baitelle corre o risco de ser personagem de si mesmo. Desempenha seu papel na medida, sem riscos.

O risco mesmo está na composição de Moritz (Rodrigo Pandolfo). Mais engraçado que o original, Pandolfo compõe de forma caricatural o adolescente que, incapaz de ser incompreendido e de ofertar amor, se mata. Se Pierre Baitelle é o novo astro da temporada, Rodrigo Pandolfo é o mais novo talento. Rótulos a parte, ambos trazem certo glamour aos personagens.

Ou seja, a direção optou em quais dramas focar, subjugando outros. Ou tudo está na fragmentação proposta pelo musical? Fica subtendido o drama de Martha (Laura Lobo) e Ilse (Letícia Colin). Letícia protagoniza uma das melhores cenas da peça, a que canta os abusos do pai. O “casal” gay da peça ganha reforço com o desempenho de Thiago Amaral (foto). Além de belo o ator tem uma voz e um olhar na medida para seduzir qualquer pessoa. Seus olhares para o colega Ernst (Felipe Carolis) durante o decorrer da peça podem passam despercebidos, mas eles existem.

É Carolis que compõem o personagem mais afetado da história e seu gay confuso nada mais é do que uma composição estereotipada do homossexual que é motivo de piada entre os seus. Sua voz esganiçada e aguda destoa. Não sei de quem foi á idéia, é no mínino uma opção infeliz.

A montagem é toda sexualizada o que não é de todo mal, pois o elenco traz uma diversidade para agradar gregos e troianos. A direção ousou ao desnudar parte do corpo dos atores protagonistas (Baitelle e Malu Rodrigues), mas se acanhou em fazer o mesmo com o casal gay.

Obviamente este que vos escreve ansiava por esse momento. Mas não foi desta vez que Botelho e Moeller compuseram uma cena gay instigante. Personagens gays permeiam os musicais que a dupla tem no currículo. Já evidenciaram as canções de Cole Porter, trouxe a tona uma impagável Rogéria (7- O musical), fizeram graça com os enrustidos em “Avenida Q”, e imortalizaram a Geni de Chico Buarque em Ópera do Malandro – só para citar alguns exemplos.

O programa incita, os atores excitam, as músicas seduzem e tudo corrobora para exaltar o sexo como grande mola propulsora dos dramas adolescentes. Escolha qual personagem se adequa aos seus instintos mais escuros e se divirta. Fico com Thiago Amaral, não é o pop star do elenco, não foi alçado à melhor ator, mas não tem como passar despercebido. Seu personagem (Hanschen) traz algo de transgressor e absorve parte das questões de Moritz e Melchior. Ou seja: subversivo, sedutor e belo. Quer mistura mais explosiva do que essa?

O Despertar da Primavera
Teatro Villa-Lobos (Av. Princesa Isabel, 440 - Rio de Janeiro)
Quintas e sextas, às 21h; sábados, às 21h30 e domingo, às 18h.
Ingressos: de R$ 60 a R$ 80
Informações (21) 2334-7153

Em votação sobre Defesa, EUA estendem a gays proteção de lei de crimes de ódio

22/10/2009 - 22h59

Em votação sobre Defesa, EUA estendem a gays proteção de lei de crimes de ódio


da Folha Online

O Congresso dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira, após votação no Senado, o texto final do projeto de orçamento da Defesa para 2010, que totaliza US$ 680 bilhões. O projeto dá ao presidente algumas vitórias, mas contém também um esforço dos congressistas para dar continuidade ao desenvolvimento de um motor para caças de combate do Pentágono, ao que a Casa Branca se opõe. De forma controversa, o projeto também amplia a lei de crimes de ódio para abranger a violência contra homossexuais.

O texto, aprovado por 68 votos a 29, é fruto de um compromisso entre Câmara e Senado e atende às exigências do Pentágono.

O projeto será enviado nas próximas horas ao presidente Barack Obama, que deverá sancioná-lo no prazo de dez dias.

O texto prevê a adoção de restrições à ajuda militar americana ao Paquistão e destaca que Islamabad não deve alterar "o equilíbrio de poder na região", em referência à Índia, que mantém há 60 anos uma disputa com o vizinho pelo controle da Caxemira.

O projeto de orçamento da Defesa prevê a transferência dos presos na base de Guantánamo, na ilha de Cuba, para que sejam julgados nos Estados Unidos, sob determinadas condições. O Congresso precisa ser informado de cada transferência 45 dias antes da viagem, e nenhum prisioneiro pode ser libertado em solo americano.

A medida reforma os polêmicos tribunais militares de exceção, encarregados de julgar os suspeitos de terrorismo. Deste modo, os testemunhos obtidos sob coação estão descartados.
O projeto ainda estabelece mudanças significativas nos procedimentos para votação acerca das tropas americanas.

Crimes de ódio

O projeto de lei aprovado nesta quinta-feira também contém legislação independente que reforça as leis federais de crimes de ódio com a inclusão da violência contra os homossexuais. A medida enfureceu republicanos contrários a que uma legislação social fosse incluída em uma votação de matéria militar.

A medida estabelece que ataques físicos a pessoas com base em sua orientação sexual vão se juntar à lista de crimes federais de ódio, no que é considerada uma grande expansão da lei dos direitos civis.

Uma prioridade do falecido senador democrata Edward Kennedy, a lei estava na agenda do Congresso há uma década e inclui crimes motivados por orientação sexual, identidade de gênero e deficiência. A medida leva o nome de Matthew Shepard, um estudante universitário homossexual do Estado de Wyoming, que foi assassinado há 11 anos.

Para garantir a sua aprovação, após anos de esforços frustrados, os democratas a anexaram à lei de defesa, considerada fundamental e já aprovada na Câmara. Mas alguns republicanos, normalmente inclinados a aprovar matérias de defesa, se opuseram à medida como um todo, devido à adição.

"A inclusão do controverso teor da legislação de crimes de ódio, que não está relacionada com a nossa defesa nacional, é profundamente preocupante", disse o senador republicano Jeff Sessions.

A lei de crimes de ódio, promulgada após o assassinato do líder do movimento pelos direitos civis dos negros Martin Luther King Jr., em 1968, concentrava-se em crimes com base na raça, cor, religião ou origem nacional.

A expansão era reivindicada por grupos de direitos civis e dos direitos dos homossexuais. Os conservadores se opuseram à medida, argumentando que ela cria uma classe especial de vítimas. Eles também se preocupam que a lei pode silenciar sacerdotes e outros que se opõem à homossexualidade por motivos religiosos ou filosóficos.

Caças

Alguns defensores da reforma do Pentágono esperavam que Obama adotasse uma postura mais agressiva contra sistemas de armas caros e pouco eficientes. Mas o secretário de Defesa, Robert Gates, focou a maior parte de sua atenção em alguns itens, principalmente tentando acabar com o orçamento de um programa de caças F-22 que gera muitos empregos, mas é considerado altamente dispendioso.

Críticos dizem que o programa, com origens na Guerra Fria, é pouco adequado à luta contra insurgentes em locais como o Iraque e o Afeganistão.

A votação desta noite poderia acabar com a produção do F-22, mas os legisladores valeram-se de um trecho vago do texto ao tratar de um programa para desenvolver um motor alternativo para o F-35 Joint Strike Fighter, os futuros caças multimissão da Força Aérea defendidos pela Casa Branca. O segundo motor seria construído pela General Electric e Rolls-Royce, em Ohio, Indiana e outros Estados. O motor principal do F-35 é construído em Connecticut pela Pratt & Whitney, uma divisão da United Technologies Corp

O projeto é muito popular no Congresso porque empresas em vários Estados desempenham papéis lucrativos na fabricação do caça.

Em junho passado, o governo prometeu vetar a legislação se ela "atrapalhasse gravemente" o programa F-35. A Casa Branca defende que os gastos com um segundo motor são desnecessários e impedem o progresso do programa Joint Strike Fighter.

O orçamento aprovado recomenda US$ 560 milhões para o programa em 2010, e a administração, desde então, recuou da ameaça de veto.

Com Associated Press e Reuters

Fonte: Folha Online


quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Matizes participa da I Conferência Municipal de Cultura de Altos

O Grupo Matizes foi convidado pela Coordenador de Cultura de Altos para debater sobre Diversidade Sexual e politicas culturais para a população LGBTT durante a I Conferência Municipal de Cultura de Altos que ocorreu entre os dias 21 e 22 de outubro no Auditório da Secretaria Municipal de Saúde e cujo o tema era "Cultura, Diversidade, Cidadania e Desenvolvimento".

Marinalva Santana, representante do Matizes, destacou a importância de discutir e refletir a produção cultural e o acesso aos bens culturais simbólicos e materiais na perspectiva de democratização e inclusão dos setores sociais menos afetados pelas politicas culturais: LGBTT'S, mulheres, jovens de periferia, negros(as), indigenas, pessoas com deficiência e outras diversidades.

Para o Coordenador de Cultura da Prefeitura de Altos, Rodrigo Veras, algumas das ações a serem propostas nesta conferência estão a criação de um espaço cultural para promover e divulgar as manifestações culturais do povo altoense bem como a formação do Conselho Municipal de Cultura com participação equitativa da Sociedade Civil Organizada e do Poder Público. Veras apontou ainda como aspecto significativo do evento, a oportunidade para o segmento LGBTT de Altos se organizar politicamente para criação de grupos que atuem na defesa de seus direitos bem como realize atividades artistico-culturais através de parceria com o Poder Público municipal.

Ainda dentro das atividades da I Conferência Municipal de Cultura de Altos ocorreram as palestras "Cidadania e Desenvolvimento" proferida pelo escritor e advogado Kenard Kruel e "Diversidade Cultural" realizada pelo palestrante Jairo Araujo, Sociólogo e Técnico da FUNDAC (Fundação Cultural do Piauí). Fizeram parte das apresentações culturais do evento a Banda Municipal, a cantora Fátima Castelo Brando e o Grupo Cultural Balança Fogueira.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Matizes participa da 1ª Conferência Municipal de Comunicação

O grupo Matizes participou da 1ª Conferência de Comunicação do Piauí (CONFECOM/PI) ocorrida em Teresina entre os dias 25 e 26 de setembro e cujo o tema era "Democratizar para melhor comunicar". Pautar discussões e propor mecanismos de respeito ao segmento LGBTT (gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais) e combate a homofobia nas produções midiáticas estavam entre as finalidades do Matizes dentro desta Conferência de Comunicação.

A CONFECOM tem como um dos seus objetivos elaborar proposições para assegurar maior participação social no âmbito da comunicação. O Evento constitui uma etapa preparatória para Conferência Estadual que se realizará no fim de outubro.

"Acreditamos que tantos os grandes meios de comunicação social quanto as mídias alternativas têm uma papel educativo e formativo de grande relevância numa sociedade como a nossa, considerando que muitos cidadãos brasileiros têm no discurso das mídias uma fonte conhecimento e ação para suas interações sociais. Neste sentido, pensamos que a construção de propostas para democratização da comunicação passa pelo direito a que todos setores da sociedade se façam representar respeitosamente nos espaços midiáticos bem como por uma comunicação aberta a expressão da Diversidade Sexual", declarou Herbert Medeiros, Coordenador de Imprensa do Matizes.


Juntamente com os estudantes de Comunicação Social que integram a Executina Nacional de Comunicação(ENECOS), O Matizes apresentou propostas que assegurassem o respeito às questões LGBTT'S, raciais, etnicas, regionais, geracionais e de gênero nos processos de produção midiática. Uma das propostas levantadas nas discussões foi que a criação de cursos de aperfeiçoamento para os profissionais de comunicação tenham dentro de seus conteúdos o tema das Diversidades.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

A 8ª PARADA DA DIVERSIDADE REUNIU MAIS DE 30.000 PESSOAS

Nesta sexta-feira, milhares de pessoas foram às ruas do centro da cidade para para participar da 8ª Parada da Diversidade, que teve como padrinhos este ano o deputado Fábio Novo (PT) e a jornalista Cristiane Sekeff. Entre os convidados ilustres, estava presente a deputada Flora Isabel do PT.
A concentração começou por volta das 15h da tarde na praça da bandeira, saindo às 16:30h embalados ao som de vários trios elétricos. A parada seguiu pelas ruas do centro, subiram até a Frei Serafim, onde teve uma participação maior dos que estavam nas paradas de ônibos. O comércio em geral parou para aplaudir a diversidade.
Em retorno ao centro, a parada teve seu ponto maior com o show realizado na mesma Pedro II, onde se apresentaram vários artistas piauienses, performances de drag´s e música eletrônica para finalizar com toda a alegria. Estava presente ao show a Presidente da Fundac, Sônia Terra.