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terça-feira, 31 de julho de 2012

Marinalva Santana disputa prêmio de revista nacional por Trabalho Social


A militante do grupo Matizes Marinalva Santana é uma das candidatas ao Prêmio Claúdia 2012. A representante do Piauí é uma das finalistas da categoria Trabalho Social e, há mais de dez anos, atua na organização de atividades e projetos em defesa do público LGBT.

A votação segue até o dia 8 de outubro no endereço eletrônico da revista (http://premioclaudia.abril.com.br).


Ainda no mês de junho, equipe da Revista Cláudia esteve em Teresina para conhecer de perto o trabalho desenvolvido por Marinalva Santana. O material (vídeo e fotos) já está disponível no site da revista. Para Marinalva, é uma honra ser uma das 15 mulheres finalistas de todo o país a disputar o prêmio.

“Sinceramente, não esperava essa indicação. Aqui, nós fazemos nosso trabalho como formiguinhas, e, às vezes, não nos damos conta da grandeza desse trabalho e até onde ele pode repercutir. Estou feliz, de verdade”, diz Marinalva.

O prêmio Cláudia é realizado desde 1996 com o objetivo de reconhecer o trabalho de mulheres de destaque em todo o país. O prêmio é dividido em cinco categorias: Ciências, Políticas Públicas, Cultura, Negócios e Trabalho Social.

O resultado do Prêmio Cláudia 2012 será divulgado dia 8 de outubro, em São Paulo. O júri do prêmio é formado pelas leitoras, pela direção da revista e por uma comissão de dez personalidades. “Aqui, no Matizes,  trabalhamos incansavelmente pela igualdade de direitos entre as pessoas, independente de sexo, cor, idade, classe social. São indicações como esta que nos fazem acreditar que estamos no caminho certo”, finaliza Marinalva.

terça-feira, 24 de julho de 2012

FESTA NO TEMPO DO CUTRUCO


O Matizes presta mais uma homenagem a LGBT precursores na luta pelo respeito às diversidade. Será através da realização da Festa No Tempo do Cutruco, que acontecerá no dia 04 de agosto de 2012/21h no Bar Zum Zum na rua lizandro nogueira 1723 (antigo piscinas) .A festa No Tempo do Cutruco é uma alusão ao Bar Couvert, que funcionou na década de 80 na Rua Rui Barbosa, no Centro de Teresina. Lésbicas, gays, bissexuais e travestis eram frequentadores assíduos do bar, carinhosamente chamado por eles de CUTRUCO. Ao som da radiola, os freqüentadores dançavam, muitas vezes coladinhos, curtindo os hits do momento.Por isso, o repertório da Festa no Tempo do Cutruco será composto de músicas que fizeram sucesso nos anos 80.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Discurso da Deputada Iracema Portela

Foto: Jaciara Aires
A deputada Iracema Portella (PP-PI) pronuncia o seguinte discurso:
Senhor presidente, senhoras deputadas e senhores deputados,
Um levantamento recente, realizado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, trouxe dados sobre a violência praticada contra a população LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transsexuais).
O estudo mostra que 42,5% das denúncias de violência homofóbica é do tipo psicológica – ou seja, ofensas, humilhações e hostilizações.
No universo de 6.809 denúncias de violações aos direitos humanos do segmento LGBT, 15,9% são relativas à violência física e 22,3% são classificadas como algum tipo de discriminação.
As informações estão no Relatório sobre Violência Homofóbica no Brasil, documento feito pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência a partir de ligações para os serviços oficiais de denúncias, como o Disque 100 e o 180, e também para a Secretaria das Mulheres e o Ministério da Saúde.
No período entre janeiro e dezembro do ano passado, foram coletadas 6.809 denúncias de violações aos direitos humanos da população LGBT, com 1.713 vítimas e 2.275 suspeitos.
A média de violações diárias foi de 18,6. A maioria dos agressores - 61,9% - é alguém que a vítima conhece. E o perfil das vítimas é o seguinte: 34% são do gênero masculino, 34,5% do gênero feminino, 10,6% travestis, 2,1% de transsexuais e 18,9% não informaram.
Esses dados evidenciam uma realidade cada vez mais preocupante. A violência praticada contra a população LGBT deve ser combatida com vigor pelo Governo e pela sociedade.
Para tanto, é fundamental que campanhas públicas de conscientização sobre a importância de se respeitar as diferenças e a orientação sexual das pessoas sejam colocadas em práticas. Sempre com muito bom senso, sensibilidade e valorização da cultura da paz.
O Governo Federal deu um passo importante nesse enfrentamento. A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, em parceria com o Conselho Federal de Psicologia (CFP), anunciou recentemente a criação de Comitês Estaduais de Enfrentamento à Homofobia.
A ministra Maria do Rosário explicou que os comitês terão como missão monitorar a promoção de políticas públicas e acompanhar as denúncias de violência contra a população LGBT, para evitar a impunidade e trabalhar para a sensibilização do poder público para a garantia dos direitos desse segmento.
“Diante da gravidade das violações aos Direitos Humanos LGBT, é fundamental termos comitês instalados em cada estado brasileiro para o enfrentamento à violência contra o segmento. Vamos constituir parceiros para juntos - Governo e sociedade - revertermos esse grave quadro de violações”, disse a ministra Maria do Rosário.
Para a criação dos comitês, serão estabelecidas parcerias com os governos estaduais, conselhos regionais de psicologia, comissões de direitos humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, Ministério Público estadual, Poder Judiciário, defensorias públicas, comissões de direitos humanos das assembleias legislativas e os movimentos sociais. Além dos comitês estaduais, também será criado um comitê nacional, que coordenará essas ações.
Trata-se de uma importante iniciativa que merece todo o nosso apoio. Mas devemos sempre estar atentos à criação de medidas que venham fortalecer a luta contra todo e qualquer tipo de violação aos direitos humanos.
Era o que tinha a dizer.
Muito obrigada.

sábado, 14 de julho de 2012

'Saúde e Diversidade' é o tema da 8ª Semana do Orgulho de Ser


O Matizes finaliza com seus parceiros os preparativos para a 8ª Semana do Orgulho de Ser, que acontecerá no período de 26 de agosto a 1º de setembro. O tema escolhido para nortear os debates deste ano é Saúde e Diversidade: múltiplos olhares. A programação do evento contará com a participação de renomados estudiosos do tema das homossexualidades. 


Do Rio Grande do Sul virá o Coordenador Geral do Movimento Espiritualidade Inclusiva, Paulo Steckel, que ministrará a Palestra “Saúde espiritual da pessoa LGBT através da Inclusão”.


Integrantes do Governo Federal também estarão na programação da Semana do Orgulho de Ser. O Coordenador Geral de Políticas para LGBT da Secretaria de Direitos Humanos, Gustavo Bernardes, participará de uma formação, cujo público-alvo são servidores dos CRAS e CREAS. Já Lurdinha Rodrigues, Coordenadora de Diversidade da Secretaria de Políticas para as Mulheres, estará no 4º Encontro Piauiense de Mulheres Lésbicas e Bissexuais.


As universidades públicas também são parceiras do Matizes na realização do evento. A UESPI planejou uma ampla programação, nos campi Clovis Moura e Torquato Neto. A UFPI sediará várias atividades, dentre elas, a 6ª Semana Universitária do Amor de Iguais.


Todas as atividades da Semana do Orgulho de Ser são gratuitas. Qualquer pessoa interessada no tema da diversidade sexual pode participar. Não é preciso fazer inscrição prévia.


A 8ª Semana do Orgulho de Ser será finalizada com a 11ª Parada da Diversidade, que este ano acontecerá em um sábado, dia 1º de setembro. Inicialmente a Parada estava prevista para acontecer na sexta, dia 31 de agosto. Todavia, após consulta aos internautas e de uma conversa com as organizações parceiras, a data foi mudada. "O Matizes é organizador da Parada desde o início e, em todo esse tempo, as decisões foram tomadas de forma compartilhada com quem é parceiro da gente e faz a Parada acontecer. A mudança do dia do evento é um exemplo disso", pontua a coordenadora.


PROGRAMAÇÃO DA 8ª SEMANA DO ORGULHO DE SER (sujeita a alterações)

26 de agosto
8h - Passeio Ciclístico
10h – Torneio de Futebol feminino
27 de agosto
9h - Mesa redonda: Falando de homossexualidade na sala de aula – Prof. Dr. Francisco Junior (UFPI); Adélia (NOVAFAPI) e Profª Msc. Consolação Pitanga (Novafapi) – Faculdade Novafapi
16h - Palestra: A legalização da união homoafetiva: reflexões - Ministrante: Thaynara Marwell de Oliveira Riedel (Graduanda do Curso de Bacharelado em Direito- CEUT) - Sala de vídeo do Campus Clóvis Moura - UESPI (parceria com a UESPI)
18h – Oficina – Atenção à saúde para travestis, transexuais e gays - Faculdade Novafapi (parceria com o GPTRANS)
27 e 28 de agosto
6ª Semana Universitária do Amor de Iguais – Auditório Noé Mendes (em parceria com a Coordenação de Ciências Sociais da UFPI/Projeto Cajuína Sociológica)
Mostra de Filmes – Tela Sociológica (em parceria com a Coordenação de Ciências Sociais da UFPI/Projeto Cajuína Sociológica)
28 de agosto
10h – Debate: Saúde e diversidade: múltiplos olhares
15h Vídeo: Vídeo para Bob - Sala de vídeo do Campus Clóvis Moura - UESPI (parceria com a UESPI)
16h - Palestra: Homofobia e políticas públicas - Ministrante : Karol Jerfesson Alves de Sousa - Sala de vídeo do Campus Clóvis Moura - UESPI (parceria com a UESPI)
Palestra: Saúde espiritual da pessoa LGBT através da Inclusão – palestrante: Paulo Steckel (Coordenador Geral do Movimento Espiritualidade Inclusiva)
28 a 30 de agosto
12h - Mostra de filmes – Local: Sala Torquato Neto (Parceria com a Fundação Cultural do Piauí)
29 a 31 de agosto
4º ENCONTRO PIAUIENSE DE MULHERES LÉSBICAS E BISSEXUAIS
29 de agosto
9h - Mesa Coordenada: Bullying no contexto universitário - Palestrantes: Mariane de Lira Siqueira - Psicóloga UESPI/ PREX e Yara Barroso Nascimento - Assistente Social UESPI/ PREX – Laboratório de Artes da UESPI – Campus Torquato Neto (parceria com a UESPI)
16h - Palestra: Genêro, sexo e sexualidade - Ministrante: Profª. Msc. Carla Daniela Alves Rodrigues - Sala de vídeo do Campus Clóvis Moura - UESPI (parceria com a UESPI)
18h- Palestra - Reflexões sobre orientação sexual e identidade de gênero não-hegemônicos: o papel da(o) Assistente Social na defesa de direitos humanos da população LGBT - Marylucia Mesquita – Assistente Social, Mestra em Serviço Social (UFPE) e Coordenadora da Comissão de Ética e Direitos Humanos do CFESS (Parceria com o CFESS e CRESS Piuí)
19h – Show Boca da Noite “O mar de Teresina fica no céu da boca das meninas” (homenagem das lésbicas aos 160 anos de Teresina) - Local: Espaço Cultural Osório Jr. - Parceria com a Fundação Cultural do Piauí – FUNDAC
30 de agosto
8h - Seminário de formação – Público-alvo: servidores dos CREAS de Teresina – Local: Centro de Formação Odilon Nunes - (Parceria com a Secretaria Municipal de Trabalho, Cidadania e Assistência Social)
16h - Palestra: Múltiplos olhares sobre a família - Ministrante: Profª Msc. Marcia Adriana Lima de Oliveira - Sala de vídeo do Campus Clóvis Moura - UESPI
31 de agosto
16h - Palestra: Saúde e diversidade - Ministrante: Karinna Alves Amorim de Sousa - Sala de vídeo do Campus Clóvis Moura - UESPI (parceria com a UESPI)
18h30min - Coral UESPI apresenta: musical gonzaguiano – 100 do Rei do Baião - Regência: Profa. Maria Cláudia Anjos e Tenório – Teatro de Arena - Campus Clóvis Moura - UESPI (parceria com a UESPI) 

1º de setembro
17h - 11ª PARADA DA DIVERSIDADE - Av. Raul Lopes
19h - SHOW DA DIVERSIDADE– (Participação de vári@s artistas piauienses, interpretando canções temáticas sobre o amor de iguais) - Local: Ponte Estaiada - parceria com a Prefeitura Municipal de Teresina e FUNDAC
 
 
8ª Semana do Orgulho de Ser - 26 a 31 de agosto de 2012
Tema: "Saúde e Diversidade: múltiplos olhares"

Grupo Matizes
86 8816-8121 e 9417-9121
Rua Lisandro Nogueira, 1223 - sl. 307 - Centro
64000-200 - Teresina- PI

8ª Semana do Orgulho de Ser - 26 a 31 de agosto de 2012 Tema: "Saúde e Diversidade: múltiplos olhares"

Grupo Matizes
86 8816-8121 e 9417-9121Rua Lisandro Nogueira, 1223 - sl. 307 - Centro
64000-200 - Teresina- PI


quarta-feira, 11 de julho de 2012

O leão, a raposa e a formiga Por Marinalva Santana



O leão, a raposa e a formiga
Por Marinalva Santana*
Era uma vez um a pequena província, chamada Panis et Circenses. Nessa província, governada por um feroz e temido leão, faltava o pão para muitos, alguns loucos brigavam por Justiça, mas geralmente prevalecia a razão do rei leão e seus apaniguados.
Certo dia, um importante galinheiro da província foi acometido por uma tragédia, ceifando a vida de um de seus mais loquazes integrantes do conselho superior.
O leão mão-de-ferro foi ao velório e, lá chegando, encontrou o chefe do clã dos urubus. Em reservada conversa, os dois trataram da sucessão do defunto.
Mesmo tendo feito um acordo com o urubu-rei, o leão, apaixonado, resolveu mudar de idéia e passou a defender o nome de uma raposa para ocupar o conselho superior.
Todos os habitantes da Província se insurgiram contra mais  essa decisão do leão feroz, sob o argumento de que, pela lei da natureza, uma raposa não pode cuidar de galinheiros.
O poderoso leão ignorou os apelos populares e, em mais um rompante de prepotência e abuso de poder, usou de todos os meios para garantir que a raposa pudesse ser aclamada como nova integrante do conselho galináceo.
Com sua truculência, o leão feroz convenceu 25 cordeirinhos da assembléia dos porcos a votarem na raposa.
Mesmo sob muitos protestos, inclusive da representante dos viados e sapas, a raposa se apossou do novo cargo. Cheio de empáfia, o leão imaginava que jamais poderia ser contrariado na decisão de agraciar sua amada.
Um belo dia, aparece uma discreta e laborosa formiga que, usando das atribuições que lhe foram dadas pela Assembléia Nacional Constituinte, estanca todos os efeitos da decisão absurda tomada pelo Rei Leão e, prontamente, acatada pela insuspeita Assembléia dos Porcos.
Moral da estória: Nem sempre, a razão do mais forte é a que prevalece.
Marinalva Santana, militante do Matizes e defensora dos Direitos Humanos