O Grupo Gay da Bahia - GGB divulgou ontem o relatório de assassinatos ocorridos no Brasil contra LGBT (Lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais), referente ao ano de 2011.
De acordo com os dados do GGB, foram registrados 266 homicídios, um novo recorde. Em 2010, os registros indicaram 260 assassinatos de natureza homofóbica. É o sexto ano consecutivo em que há aumento desse tipo de crimes.
As estatísticas do GGB são baseadas em notícias veiculadas na mídia . Para o antropólogo Luiz Mott, responsável pela coleta dos dados, o número real de mortes deve ser maior. Mott criticou a omissão do Governo Federal por não criar um banco de dados específico para registrar crimes de ódio contra LGBT. "Esse banco de dados estava previsto desde o Plano Nacional de Direitos Humanos 2, de 2002. Nem Lula nem Dilma cumpriram essa obrigação", disse.
O Estado da Bahia lidera o ranking de crimes, com 28 registros. Pernambuco e São Paulo vêm em seguida, com 25 e 24 assassinatos, respectivamente. Gays são as maiores vítimas dos assassinatos: 60%, seguido de travestis: 37% e lésbicas: 3%.
DADOS DO PIAUÍ
No Piauí, foram 06 assassinatos: 04 gays e duas travestis. Chama a atenção o fato de 05 dos homicídios registrados terem ocorrido em municípios do interior e somente 1 em Teresina. Nesse aspecto, os dados do Estado destoam da realidade do restante do País, onde a maioria das vítimas tem suas vidas ceifadas nas Capitais.
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