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sábado, 28 de abril de 2012

MANIFESTO DE ENTIDADES DA SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA


As abaixo-assinadas, entidades da sociedade civil organizada, vêm a público manifestar repulsa ao imoral processo de “escolha” do novo Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado – TCE, marcado pelo desrespeito aos mais comezinhos princípios aos quais a Administração Pública está obrigada a observar.
Acrescentam que, pela honradez e a decência de seu povo, o Piauí é merecedor de um outro Parlamento, apartado do servilismo e das práticas fisiologistas; bem como de um representante no Executivo Estadual capaz de perceber que  Administração Pública não é extensão das arcaicas e indesejadas capitanias hereditárias.
Reiteram, por fim, a disposição de lançar mão dos mecanismos possíveis em um Estado Democrático de Direito para impedir que a imoral escolha patrocinada pelo Executivo e chancelada pela Assembléia Legislativa seja consumada.


Teresina, 29 de abril de 2012.



Assinam este Manifesto

GRUPO MATIZES
GRUPO AFOXÁ
CATÓLICAS PELO DIREITO DE DECIDIR - CDD
COLETIVO NACIONAL DE LÉSBICAS NEGRAS - CANDACES
ASSOCIAÇÃO TERESINENSE DE SKATE
ARTICULAÇÃO PIAUIENSE DE TRAVESTIS E TRANSEXUAS
GRUPO PIAUIENSE DE TRANSEXUAIS - GPTRANS

domingo, 22 de abril de 2012

PERFIL DA RAPOSA VELHA COMO CONSELHEIRA DO TCE/PI



PERFIL DA RAPOSA VELHA COMO CONSELHEIRA DO TCE/PI
01. RESPEITO AOS PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA
Sempre que a Conselheira Raposa Velha for relatora de um processo de contas em que haja indícios fortíssimos de malversação do dinheiro público, o voto só será proferido após uma conversa de pé-de-orelha com esse gestor, visando ouvir as razões e os motivos para tal malversação.
Mesmo que o relatório feito pela esmerada e competente equipe de técnicos do TCE/PI sugira a reprovação da prestação de contas, com aplicação de multa e outras sanções ao gestor, o voto da Raposa Velha poderá ser diferente, porque, em um estado democrático de direito, a diversidade de pontos de vista é importante.
02. RESPEITO À FAMÍLIA E ÀS MULHERES
A Conselheira Raposa Velha tem um compromisso inarredável com o fortalecimento da família, base de uma sociedade solidária e fraterna. Por isso, todos os cargos de assessoria da cota dessa Conselheira serão ocupados por mulheres indicadas pelos nobres deputados da Assembléia Legislativa, que escolherão entre suas filhas, esposas ou irmãs as com o melhor perfil para ocupar esses cargos.
Como se sabe que essas mulheres se dividem em várias tarefas diárias (cabeleireiro, shopping, clínicas de estética etc.), haverá flexibilidade no horário de trabalho dessas assessoras, a fim de não submetê-las a uma jornada de trabalho sobre-humana.
03. CUIDADO E ZELO PELO USO DOS RECURSOS PÚBLICOS
A Conselheira Raposa Velha agirá com zelo e denodo na análise de todos os processos de prestação de contas dos gestores públicos piauienses. Por isso, inovará na atuação perante ao TCE - PI.
A fim de não cometer injustiças, todos os votos nas prestações de contas com relatório sugerindo a reprovação, serão precedidos de uma visita in loco ao gestor auditado. Mesmo que isso implique deslocamento para os mais distantes municípios do Estado, a viagem será feita sem dispêndio de recursos público, vez que a Conselheira Raposa Velha usará transporte próprio no deslocamento, dispensando inclusive as diárias a que faria jus.
04. RESPEITO À OPINIÃO DE TODOS OS SEGMENTOS DA SOCIEDADE
A Conselheira Raposa Velha abrirá a Corte de Contas do Estado para oitiva dos movimetos sociais e de todos os segmentos políticos organizados na sociedade.
Numa inspiração da máxima do ex-ministro Rubens Ricupero, o que é bom, a gente fatura. O que for ruim, esconde.
05. FIDELIDADE PARTIDÁRIA E AOS AMIGOS DE LUTA
A Conselheira Raposa Velha observará cegamente o princípio da legalidade. Por isso, mesmo antes de eleita, solicitará desfiliação do Partido que arduamente ajudou a fortalecer no Estado. Não abandonará, entretanto, seus correligionários de luta.
Por acreditar que todos os prefeitos, presidentes de Câmaras Municipais e outros gestores públicos ligado a seu partido são todos probos, honrados e honestos, a Conselheira Raposa Velha não os abandonará em momentos difíceis frente ao órgão de controle de contas do Estado do Piauí.
De antemão, a Conselheira Raposa Velha manifesta seu desejo de, quando partir desta para melhor, ser sepultada com a bandeira de seu partido cobrindo o caixão.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Matizes já se movimenta para realizar a Parada da Diversidade


Realizar a maior e a melhor Parada da Diversidade de todos os tempos: esse é o objetivo do Matizes em 2012. Por isso, o Grupo  já se articula para garantir boas parcerias. 
Na manhã desta sexta-feira (20/04), diretores do Matizes estiveram reunidos  com Cristiane Sekeff,  Secretária Executiva da SEMCOM. Durante a reunião, a Coordenadora Geral do Grupo, Maria José Ventura, entregou o Projeto da Semana do Orgulho de Ser/Parada da Diversidade e solicitou apoio para realização desses dois eventos.
Com a aprovação da Lei Municipal nº 4158/2011, a Parada da Diversidade passou a integrar o calendário de eventos de Teresina. Para a Coordenadora do Matizes, "a Parada  já se consolidou como um grande evento,  reunindo todos os anos milhares de participantes, que, pacificamente, vão às ruas para celebrar o amor e o respeito entre as pessoas”, afirma Mazé Ventura.

A 11ª Parada da Diversidade será realizada no dia 31 de agosto na Av. Raul Lopes, fechando a 8ª Semana do Orgulho de Ser, que acontecerá no período de 27 a 31 de agosto, com uma programação recheada de várias atividades, como debates, shows , mostra de filmes. O tema deste ano é "Saúde e diversidade: múltiplos olhares".

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Escolha Conselheiro TCE - vamos protestar!


Pessoas de todos os matizes,
Nós, sociedade civil organizada, não  podemos ficar inertes diante dessa imoral "escolha" da Conselheira do TCE, porque afrontosa aos mais básicos principios da Administração Pública.
Já existem algumas sugestões para questionar esse processo imoral:
I) lançamento de várias "candidaturas" de pessoas ligadas ao Mov. Social;
II) Começar coleta de assinaturas para uma PEC de iniciativa popular, visando alterar a Constituição Estadual, no sentido de prevê q o precchencimento de todas as vagas de  Conselheiro se dê através de concurso público, a exemplo do que já ocorre em Estados como Tocantis.
III) solicitar q vários formadores de opinião escrevam textos para jornais criticando esse processo de "escolha".
IV) fazer uma campanha nas redes sociais, lançando a candidatura da "raposa velha" para conselheira.
V) recorrer ao MPE;
Para puxar a discussão, escrevi um texto e postei no blog Diversidade http://www.cidadeverde.com/diversidade/diversidade_txt.php?id=41442
Entendemos que o cargo de conselheiro deve ser precedido de concurso público. Entretanto, com essa iniciativa, nosso objetivo é questionar a forma como se dá atualmente essa "escolha", que se notabiliza pelo desrespeito aos mais comezinhos princípios da Administração Pública.

Por isso, convidamos a todas as pesoas do bem, indignadas com essa sujeirada para uma reunião na próxima quarta-feira (18/04), às16h, na sede do Matizes (rua Lisandro Nogueira, 1223 - sl. 307)
Esperamos tod@s lá!

domingo, 15 de abril de 2012

UMA LÉSBICA CONSELHEIRA DO TCE



Senhor Governador,
Todos nós, piauienses, temos acompanhado – com repulsa e indignação – os fatos que se sucedem na “escolha” do novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, prevista para acontecer no dia 25 de maio.

Qualquer observador de inteligência mediana percebe que o jogo de cena, o cinismo e a desfaçatez dão o tom na movimentação de alguns pretensos candidatos à vaga surgida com a morte do Conselheiro Xavier Neto. Já que agora pra fazer sucesso, vender simpatia o cinismo é um atributo, eu também vou ser cínica. Para começar, quero pedir o apoio de Vossa Excelência à minha candidatura a essa vaga de Conselheiro no TCE.

Com certeza, muitos de seus diligentes assessores dirão ser despropositado esse pedido, posto que não votei no 40 para o Governo do Estado; não mantenho relações perigosas (ou promíscuas) com os governantes de plantão; não sou mulher, filha ou irmã de nenhuma autoridade do Estado. Reputarão ainda como negativo um outro ponto: sou uma mulher lésbica, feminista, defensora dos direitos humanos.

Entretanto, permita-me, Excelência, elencar as vantagens [para seu combalido Governo] de apostar no meu nome e apelar aos destemidos deputados de Vossa base aliada a votarem em mim para conselheira:
1)      A maledicência dos opositores do governo da Terra Querida não poderia mais uma vez dizer que há um nepotismo desenfreado (e desavergonhado) na ocupação dos cargos públicos no Estado, vez que não existe (felizmente) nenhum grau de parentesco entre mim e Vossa Excelência. Ademais, por razões óbvias, ninguém ousaria insinuar a existência de um possível romance secreto entre nós dois...
2)      Quando Vosso governo fosse acusado de ser um violador contumaz dos direitos humanos; de ter piorado – e muito - as esquálidas ações afirmativas em favor de grupos excluídos, a escolha de uma mulher lésbica e defensora dos direitos humanos para Conselheira poderia ser usada para rebater essas acusações;
3)      Outra vantagem é que, quando se tachasse o Palácio de Karnak de “a terra querida e o porto seguro” para ocupantes de DAS, cujas fichas (e as práticas) são as mais sujas possíveis, Vossa Excelência poderia dizer que isso é intriga da oposição, porque os ocupantes de cargos públicos no Estado são todos fichas-limpa e possuidores de reputação ilibada, ilustrando essa assertivacom a exibição de minha certidão de antecedentes criminais.
4)      Minha escolha para o TCE serviria também para rebater as acusações de que no atual governo se pratica descaradamente o clientelismo, a política do toma lá dá cá e da supremacia dos interesses particulares em detrimento do interesse público.  Para tanto, Senhor Governador, era só ressaltar que o mandatário-mor do Estado teve a atitude republicana apoiar como candidata uma oposicionista, sem ligação alguma com a base governista.
Esses, Senhor Governador, são somente alguns argumentos favoráveis à minha candidatura. Não sei se serão suficientes para convencer os nobres deputados estaduais, mas, por certo, serviriam para enganar molim, molim muitos incautos piauienses que acreditam ser o Piauí uma terra querida.
Respeitosamente,               
Marinalva Santana, mulher lésbica e defensora dos direitos humanos
Em 15/04/12, 12:14 

sábado, 7 de abril de 2012

Preconceito aumenta risco de depressão, diz estudo

FONTE: CARTA CAPITAL 

Saúde

Clara Roman

Homossexualidade

06.04.2012 10:10

Preconceito aumenta risco de depressão, diz estudo



O preconceito pode estar levando jovens homossexuais a casos de depressão e suicídio. Pesquisa realizada pelo Instituto de Ciências Médicas da Unicamp constatou que homossexuais têm tendência maior a desenvolver transtornos mentais em relação a jovens heterossexuais da mesma faixa etária. A discriminação, sobretudo por parte da família, é um fator de risco para o aumento desses casos.

Rejeição da família é um dos fatores que contribui para distúrbios mentais. Foto: Guillaume Paumier/Flickr
Isso porque o adolescente ainda necessita da proteção do ambiente familiar e mimetiza seus valores. Assim, quando rejeitado, acaba internalizando o preconceito sofrido e se auto-discrimina por sua orientação sexual.
“Nos adolescentes, isso funciona de forma mais grave porque ainda está num momento crítico de construção da individualidade”, afirma Daniela Ghorayeb, autora do estudo e PhD em saúde mental pela Unicamp. A pesquisa faz parte de sua tese de doutorado, que deu sequência a um estudo anterior sobre a saúde mental dos adultos homossexuais.
Cerca de 67% dos entrevistados afirmaram sentir vergonha de sua orientação sexual. E, enquanto nos adultos a religião e pressões da sociedade são os fatores que induzem a esse tipo de sentimento, sobretudo entre as mulheres, nos adolescentes entre 16 e 21 anos é o medo de frustar a família o que mais pesa. “Acho que até já tive raiva de mim, mas não era só ser gay, era muita coisa junto”, diz um entrevistado.
Além disso, 35% dos pesquisados apresentaram depressão e 10%, risco de suicídio. Já entre os heterossexuais, apenas 15% sinalizaram quadro depressivo e nenhum caso de tentativa ou intenção de se matar. Por sua vez, quando a homossexualidade do jovem é bem recebida pela família, e a proteção aumenta, diminuem os riscos de transtornos mentais. “Pior porque passei por muita coisa e melhor porque enfrentei, mesmo com a depressão, eu só me trancava, chorava, não queria nada, foi horrível, aí sou melhor porque tá passando”, declara um dos participantes, em trecho da pesquisa.
Segundo Ghorayeb, muitos adolsecentes afirmaram terem sido impedidos de exercer afetividade e terem medo de serem agredidos fisicamente e verbalmente. “Alguns adolescentes, a partir de um certo horário, não andam na rua. Não anda porque sabe que existe iminência de violência física”, explica a pesquisadora. Tanto a falta de liberdade para expressar sentimentos quanto o risco de agressão tem efeito negativo na saúde mental e qualidade de vida das pessoas. No último mês, uma criança de 12 anos cometeu suicídio depois de sofrer “bulling” na escola por conta de sua orientação sexual, em Vitória (ES).
Ghorayeb comenta que no exterior existem cada vez mais pesquisas para mensurar o quanto o preconceito pode interferir na saúde mental de jovens. Há também um cuidado, em alguns lugares, de se proporcionar tratamento na rede de saúde tanto para os adolescentes quanto para a família, que recebe parte desse impacto. No Reino Unido, nos centros de saúde públicos, há profissionais especializados no tema para auxiliar na orientação familiar. Aqui no Brasil, este é o segundo estudo que cruza homossexualidade e saúde mental, sendo o primeiro a sua tese de mestrado.
Na rede de saúde, não existe nenhum tipo de auxílio especializado para estes casos. “É necessário divulgar para a comunidade acadêmica melhorar a formação dos profissionais de saúde nesse sentido”, afirma Ghorayeb.
A pesquisa considerou apenas os homossexuais que assim se definiram. Além disso, por conta da dificuldade de se conseguir voluntários com esse perfil, por conta da discriminação, a pesquisadora utilizou a técnica de recrutamento denominada “snowball sampling”. Cada entrevistado indicava outros cinco que correspondiam ao perfil.
Por conta disso, o público foi bastante homogêneo e não teve abrangência de diversas classes sociais. A média de renda familiar foi entre cinco mil e sete mil reais. A maioria tinha planos de ingressar no ensino superior. “Se pesquisar outra faixa de renda, vai se chegar a resultados bem diferentes”, afirma Ghorayeb.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

CRIMES CONTRA LGBT AUMENTAM EM 2011


O Grupo Gay da Bahia - GGB divulgou ontem o relatório de assassinatos ocorridos no Brasil  contra LGBT (Lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais), referente ao ano de 2011.
 

 De acordo com os dados do GGB, foram registrados 266 homicídios, um novo recorde. Em 2010, os registros indicaram 260 assassinatos de natureza homofóbica. É o sexto ano consecutivo em que há aumento desse tipo de crimes.

As estatísticas do GGB são baseadas em notícias veiculadas na  mídia . Para o antropólogo Luiz Mott, responsável pela coleta dos dados, o número real de mortes deve ser maior. Mott criticou a omissão do Governo Federal por não criar um banco de dados específico para registrar crimes de ódio contra LGBT. "Esse banco de dados estava previsto desde o Plano Nacional de Direitos Humanos 2, de 2002. Nem Lula nem Dilma cumpriram essa obrigação", disse.


O Estado da Bahia lidera o ranking de crimes, com 28 registros. Pernambuco e São Paulo vêm em seguida, com 25 e 24 assassinatos, respectivamente. Gays são as maiores vítimas dos assassinatos: 60%, seguido de travestis: 37% e lésbicas:  3%.

DADOS DO PIAUÍ

No Piauí, foram 06 assassinatos: 04 gays e duas travestis. Chama a atenção o fato de 05 dos homicídios registrados terem ocorrido em municípios do interior e somente 1 em Teresina. Nesse aspecto, os dados do Estado destoam da realidade do restante do País, onde a maioria das vítimas tem suas vidas ceifadas nas Capitais
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