A estudante Lígia Costa, 32 anos, e sua companheira afirmaram que vão registrar queixa contra a presidente do bloco “Nós Tudinha”, Patrícia Amália Castro, por discriminação, pois Lígia foi impedida de desfilar no bloco vestida de prostituta na noite deste domingo (6).
Fotos:Yala Sena/Cidadeverde.com
Segundo a estudante, a intenção de desfilar trajando um espartilho e meia-calça seria a de chamar atenção para as prostitutas, uma classe que não tem políticas a seu favor. Lígia alegou que a presidente do bloco pediu para que ela se retirasse do local, discriminando-a na frente de todos os foliões da avenida Marechal Castelo Branco.
Anísia Teixeira, companheira da estudante e filiada no PT, informou que vai pedir ainda a desfiliação de Patrícia do partido, uma vez que a presidente do bloco também é petista. Anísia Teixeira, que também é membro da Liga Brasileira de Lésbicas, disse que vai comunicar o fato para o grupo Matizes.
“A Patrícia discriminou a Lígia na frente de todos, foi um grande constrangimento. Eu estou indignada”, relatou Anísia, que estava fantasiada de homem.
A presidente do “Nós Tudinha” defendeu-se dizendo que a proposta do bloco foi entendida de forma errada. “A proposta não é levar mulher nua para a avenida, e sim fazer uma homenagem às mulheres no poder”.
Patrícia disse ainda que chegou a dar um abadá para Lígia, que se recusou a vesti-lo. “Ela quer mesmo é polemizar. Se ela quiser pedir minha desfiliação do PT, pode ir, eu não tenho medo”, completou, ressaltando que no próprio bloco há integrantes da Associação das Prostitutas e que a situação não se tratou de discriminação.
Yala Sena (flash da avenida Marechal Castelo Branco)
Jordana Cury (especial para o Cidadeverde.com, da Redação)
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