Total de visualizações de página

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Cursos de medicina no Brasil falam pouco sobre orientação sexual

Foto: Professora da UESPI em VEJA.com: professores de medicina do Brasil falam pouco sobre homossexualidade http://bit.ly/1paDKBE

O site da Revista Veja entrevistou a professora de Medicina da UESPI, Andrea Cronemberg Rufino, sobre  pesquisa feita pela Universidade Estadual do Piauí (Uespi) e pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e publicada na edição deste mês (maio/2014) na revista científica The Journal of Sexual Medicine.

O estudo mostra que a maioria dos professores das faculdades de medicina brasileiras aborda temas relacionados à sexualidade em algum momento do curso. No entanto, os conteúdos destacam principalmente os aspectos biológicos e orgânicos, como as doenças sexualmente transmissíveis.

Confira a matéria completa: http://bit.ly/1paDKBE
Andrea Cronemberger Rufino

Pesquisa aponta que minoria dos professores de medicina inclui temas como homossexualidade ou violência sexual em suas disciplinas

Vivian Carrer Elias
Orientação sexual: Professores de faculdades médicas pouco abordam homossexualidade ou bissexualidade em suas aulas
Orientação sexual: Professores de faculdades médicas pouco abordam homossexualidade ou bissexualidade em suas aulas (Thinkstock)
A maioria dos professores das faculdades de medicina brasileiras aborda temas relacionados à sexualidade em algum momento do curso. Eles, no entanto, destacam principalmente os aspectos biológicos e orgânicos, como as doenças sexualmente transmissíveis. Apenas uma pequena parte inclui assuntos como homossexualidade, violência sexual e homofobia nas disciplinas.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Sexuality Education in Brazilian Medical Schools

Onde foi divulgada: periódico The Journal of Sexual Medicine

Quem fez: Andrea Cronemberger Rufino, Alberto Madeiro e Manoel João Batista Castello Girão

Instituição: Universidade Estadual do Piauí e Universidade Federal de São Paulo

Resultado: Em aulas sobre temas ligados à sexualidade, professores das faculdades de medicina brasileira abordam mais aspectos biológicos e orgânicos. Poucos tratam do viés cultural e social do tema.
Essa é a constatação de uma pesquisa feita na Universidade Estadual do Piauí (Uespi) e pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e publicada na edição deste mês da revista científica The Journal of Sexual Medicine. O estudo mostra que apenas 15% dos professores de medicina do país falam sobre homofobia em algum momento do curso, enquanto 88%% abordam o impacto das doenças e hábitos sexuais na vida dos pacientes.
Os autores do trabalho submeteram um questionário a 207 docentes de 110 faculdades de medicina ao redor do Brasil. A maioria dos entrevistados ministrava aulas de ginecologia, urologia, psiquiatria e psicologia médica, que são as principais disciplinas que abordam a sexualidade nas universidades.
Dos entrevistados, 93,5% afirmaram tratar de sexualidade em suas aulas em algum momento do curso — principalmente no terceiro e quarto anos e em disciplinas clínicas, como ginecologia ou urologia. Por outro lado, apenas 3% ministram uma disciplina específica sobre sexualidade.
Assuntos — Quando questionados sobre quais temas relacionados à sexualidade incluíam em suas aulas, os professores disseram abordar principalmente aspectos biológicos. A maioria tratou do impacto de doenças na vida do paciente (88%); mecanismos do corpo envolvidos na relação sexual (78%); disfunção sexual (76%); e doenças sexualmente transmissíveis e aids (66%). A minoria trata de homofobia (15%); bissexualidade (36%); homossexualidade (47%) e violência sexual (47%).
"Encontramos um número alto de professores que falam sobre sexualidade em suas aulas. Isso foi uma surpresa para mim. Eu imaginava que o assunto fosse menos abordado", disse ao site VEJA a coordenadora do estudo, Andrea Rufino, professora de ginecologia e pesquisadora do Núcleo de Pesquisa e Extensão em Saúde da Mulher da Uespi. "Mas o olhar dos professores para a sexualidade ainda é muito biológico e pouco voltado para aspectos culturais e sociais do tema."
Diálogo — Segundo Andrea Rufino, não abordar esses aspectos da sexualidade nos cursos de medicina pode ter uma série de impactos negativos. "Os alunos saem da faculdade despreparados para conversar com seus pacientes e se sentem constrangidos em perguntar sobre a vida sexual deles. Os cursos de medicina devem ensiná-los desde o início a abordar o tema de uma forma tranquila e acolhedora", afirma.
Muitas vezes, a orientação sexual do paciente ou o fato de ele já ter sido vítima de violência sexual ou homofobia podem ser determinantes na hora de um médico aconselhar um tratamento, indicar uma abordagem para prevenção de doenças ou solicitar determinados exames. "Por exemplo, a forma de conduzir um exame ginecológico pode ser diferente entre uma paciente que mantém relações sexuais com outra mulher em comparação a mulheres que se relacionam com homens ou que já tiveram filhos", diz Andrea.
"O médico precisa considerar a possibilidade de o paciente não ser heterossexual. Se o médico não pergunta ou não deixa o indivíduo à vontade, o paciente acaba não falando sobre sua orientação sexual."
Atendimento — Outra situação em que a sexualidade deve ser abordada no consultório médico é quando o profissional recomenda o uso da pílula anticoncepcional. "Poucos professores ensinam a seus alunos sobre o significado cultural da pílula. Eles devem dizer que o método representa um direito reprodutivo e sexual da mulher, que a deixa livre para decidir quando quer engravidar", diz. "Muitas jovens têm medo de usar anticoncepcional ou possuem tabus em relação à pílula."
Segundo a pesquisadora, sociedades médicas internacionais recomendam que a sexualidade seja abordada durante todo o curso de medicina e por disciplinas variadas, que devem comunicar-se entre si. "É preciso falar de todos os aspectos da sexualidade, desde a sexualidade em crianças e adolescentes até a orientação sexual dos pacientes. Isso diminuiria o preconceito e melhoraria o acesso de grupos minoritários, como os homossexuais, a um atendimento médico adequado", diz.

FONTE REVISTA VEJA

quinta-feira, 22 de maio de 2014

CAIXA ABRE SELEÇÃO PARA PATROCÍNIO CULTURAL

 

Serão investidos em 2015 mais de R$ 50 milhões em projetos culturais
A Caixa Econômica Federal abre inscrições, nesta quinta-feira (22), para a seleção de projetos culturais a serem realizados em 2015. Os interessados poderão se inscrever nos quarto programas culturais da CAIXA: Ocupação dos Espaços da CAIXA Cultural, Apoio ao Artesanato Brasileiro, Apoio a Festivais de Teatro e Dança e Apoio ao Patrimônio Cultural Brasileiro Biênio 2015/2016.
Todas as informações necessárias à participação nos programas estarão disponíveis nos regulamentos, publicados no sítio http://www.programasculturaiscaixa.com.br. As inscrições serão feitas exclusivamente por meio de formulário eletrônico, até o dia 7 de julho de 2014, às 18h (horário de Brasília), e somente as inscrições preenchidas corretamente serão acatadas. Não serão aceitos projetos enviados por quaisquer outros meios.
As dúvidas relacionadas aos programas deverão ser encaminhadas à CAIXA por meio da ferramenta Fale Conosco, disponível no sítio de inscrição: http://www.programasculturaiscaixa.com.br.
Programas Culturais da CAIXA:
A CAIXA mantém quatro programas de apoio à cultura: Ocupação dos Espaços da CAIXA Cultural, Apoio ao Artesanato Brasileiro, Apoio a Festivais de Teatro e Dança e Apoio ao Patrimônio Cultural Brasileiro. Este último é bianual e, no biênio 2013/2014, contemplou 12 projetos com um investimento total de R$ 2.383.135,87.
O Programa de Ocupação dos Espaços da CAIXA Cultural vai selecionar projetos para compor a programação em Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, no período compreendido entre os meses de março de 2015 e fevereiro de 2016, podendo ser estendido até fevereiro de 2017, em caso de projetos itinerantes (aqueles realizados em mais de uma Unidade). O valor máximo de patrocínio, por cidade solicitada, é de R$ 300 mil. Cada proponente pode apresentar até dez projetos, podendo cada um ser realizado em uma ou mais cidades com CAIXA Cultural. Serão aceitos projetos de artes visuais (fotografia, escultura, pintura, gravura, desenho, instalação, videoinstalação, intervenção e novas tecnologias ou performances); teatro (contemporâneo, físico, circo-teatro, performance de palco, etc.); dança (contemporânea, clássica, dança-teatro, etc.); música e cinema. Poderão ser apresentados ainda, projetos para palestras, encontros, cursos, oficinas e lançamento de livros.
O Programa CAIXA de Apoio ao Artesanato Brasileiro vai selecionar projetos que visem ao desenvolvimento de comunidades artesãs e à valorização do artesanato tradicional brasileiro. O projeto pode contemplar uma ou mais unidades produtivas, ainda que em municípios ou localidades diferentes, e cada proponente pode apresentar um único projeto. O valor máximo concedido será de R$ 50 mil.
O Programa CAIXA de Apoio a Festivais de Teatro e Dança selecionará projetos de festivais em todo o território nacional, a serem realizados no período de janeiro a dezembro de 2015. O valor máximo concedido será de R$ 200 mil. Serão considerados somente os festivais que contemplem a partir de cinco companhias ou grupos de teatro/dança participantes, e que tenham, no mínimo, dez espetáculos distintos, além de palestras, oficinas e cursos.
O Programa CAIXA de Apoio ao Patrimônio Cultural Brasileiro selecionará projetos que visem assegurar a democratização do acesso, a preservação do patrimônio cultural do país, a promoção de ações de arte-educação e de programação cultural em museus. O Programa beneficiará instituições museológicas nacionais. Cada proponente pode apresentar um único projeto e o valor máximo concedido será de R$ 400 mil.
Projetos realizados em 2013:
A CAIXA selecionou, no ano passado, 310 projetos para ocupação dos espaços da CAIXA Cultural em Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, para realização, no período de março de 2014 a fevereiro de 2015, com um investimento de mais R$ 37 milhões.
Para festivais, foram destinados R$ 3,7 milhões, que contemplaram a realização de 47 projetos. Já o Programa de Artesanato selecionou 19 projetos para realização ao longo de 2014, com investimento de R$ 563 mil.
O Programa CAIXA de Apoio ao Patrimônio Cultural Brasileiro selecionou 12 projetos para realização ao longo de 2013 e 2014. Com lançamento a cada dois anos, a seleção será aberta este ano, para projetos que serão apresentados ao longo de 2015 e 2016.
20/05/2014
Assessoria de Imprensa da CAIXA Cultural Brasília (DF)
(61) 3206-6351

sábado, 17 de maio de 2014

Combate à homofobia: ODIA flagra reação de teresinenses ao ver casais gays

O 17 de maio, dia em que atualmente está instituído o Dia Internacional de Combate à Homofobia, tem um caráter de protesto e de denúncia

 

A homossexualidade deixou de ser considerada uma doença há 24 anos, em 17 de maio de 1990, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que “a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão”. Contudo, o longo tempo em que os homossexuais foram tratados como doentes ou pervertidos, entre 1948 e 1990, deixou um legado de preconceito e homofobia que persiste e se materializa em propostas como a Cura Gay.
Apesar do reconhecimento da homossexualidade como mais uma manifestação da diversidade sexual, as lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) ainda sofrem, cotidianamente, as consequências da homofobia, que pode ser definida como o medo, a aversão, ou o ódio irracional, aos homossexuais: pessoas que têm atração afetiva e sexual por pessoas do mesmo sexo.
Fotos: Elias Fontenele e Alexander Galvão/ODIA
A homofobia se manifesta de diversas maneiras e em sua forma mais grave resulta em ações de violência verbal e física, podendo levar ao assassinato, cujos índices já colocaram o Piauí entre os estados com mais mortes por homofobia em todo o país. A homofobia também é responsável pelo preconceito e pela discriminação de pessoas LGBT, por exemplo, no local de trabalho, na escola, na igreja, na rua, no posto de saúde e na falta de políticas públicas que contemplem a população LGBT.
O 17 de maio, dia em que atualmente está instituído o Dia Internacional de Combate à Homofobia, além de lembrar que a homossexualidade não é uma doença, tem um caráter de protesto e de denúncia. O ODIA propôs a dois casais, de gays e de lésbicas, que se deixassem observar em locais públicos de Teresina, para que a reação da população fosse flagrada. Foram muitos os olhares surpresos e às vezes debochados registrados em poucos minutos. Os casais, ao fim, lembraram: “o olhar de preconceito está sobre nós a vida inteira”.
ODIA flagra reações 
Fim de tarde de uma quarta-feira com temperatura amena em Teresina. O lugar é o Parque Potycabana. Um rapaz e sua noiva sentam-se na grama verde do parque e, entre sorrisos e poses, são acompanhados por fotógrafos que registram os momentos dos jovens que se casarão em breve. Muitas pessoas passam pelo local e parecem sequer notar a presença dos dois. A alguns metros de distância, Sandra Sousa e Natália Sousa, 35 e 23 anos, respectivamente, que trocam beijos e abraços discretos, atraem olhares surpresos.
As reações às duas lésbicas, casadas desde abril do ano passado, partem de pessoas de várias idades; porém, os mais velhos deixam mais explícita sua reprovação diante das demonstrações de carinho entre as duas moças. Os que caminham sozinhos olham uma, duas, três, incontáveis vezes, talvez para terem certeza de que se trata de duas mulheres demonstrando em público o amor de uma pela outra. Aqueles que passam em grupo pelo local onde estão Sandra e Natália costumam fazer comentários uns com os outros que, tentando disfarçar, olham repetidamente para o casal. Algumas pessoas mudam seu percurso e se aproximam das duas, observando longamente a cena que, entre homens e mulheres heterossexuais, é rotineira.
Adiante, Márcio Lopes e Benerval Rocha, de 22 e 23 anos, respectivamente, conversam abraçados. As reações são ainda mais claras, em especial dos homens que caminham por perto. As feições demonstram certa curiosidade pela presença dos rapazes, que mantêm contato físico, embora discreto, em um espaço público. Muitos comentam com os amigos e alertam para a presença dos dois, para que observem as mãos dadas e o abraço entre as duas figuras masculinas.
A reação das pessoas foi observada pela equipe de ODIA por apenas alguns minutos, entre 17h20 e 18h, da última quarta-feira (14) e foram muitos os flagras registrados. Os casais, que integram o Grupo Matizes, atuante em defesa de pessoas LGBT no Piauí, foram ao parque a pedido da equipe de reportagem e se deixaram observar pelas pessoas, com o objetivo de mostrar o quanto o preconceito ainda é forte, embora velado, a despeito das campanhas e iniciativas em prol do respeito à diversidade sexual.
Para Sandra, embora sem reações agressivas ou ofensivas, os olhares revelam um estranhamento incômodo diante dos casais. Enquanto muitos consideram normais os olhares surpresos, já que muitos homossexuais se preservam por medo de agressões ou ofensas, os alvos se dizem incomodados, como se a troca de carinhos entre duas pessoas, que se amam, fosse algo errado.
“Os olhares para nós duas foram registrados hoje por apenas alguns minutos, mas nós sentimos isso na pele todos os dias, o dia inteiro”, diz Sandra.
Ela relata que evita trocar beijos e abraços com Natália em locais públicos por dois motivos: além do receio de alguma reação homofóbica violenta ou mais ofensiva, reconhece que a sociedade teresinense ainda não está preparada para a presença de gays ou lésbicas, claramente assumidos, em locais públicos.

“Embora eu saiba que isso não tem influência nenhuma sobre a formação de uma criança, sei também que muitos pais não querem que seus filhos presenciem, por exemplo, um beijo entre homossexuais. Então, eu evito, respeito, porque sei que tem gente que não quer ver. Mas eu gostaria de poder demonstrar em qualquer lugar o meu carinho pela pessoa que eu gosto, como faz qualquer casal hétero”, desabafa Sandra
Veja a reportagem completa na edição de hoje (17) do Jornal O DIA.
Repórter: Maria Romero

 

sábado, 10 de maio de 2014

Lançamento da campanha “Somos Todxs Defensorxs”

A matiziana Marinalva Santana, em São Paulo, durante gravação de um documentário, com depoimento de defensores de direitos humanos ameaçados de morte.
O material audiovisual é uma das ações da campanha "Somos todxs defensorxs", uma iniciativa desenvolvida pela Plataforma de Direitos Humanos - Dhesca Brasil, pelo Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação e pelo Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH).
— com Marinalva Santana.


A campanha é um dos frutos do projeto “Fortalecendo o protagonismo de redes e articulações de direitos humanos no País”, realizado pelo Fundo Brasil
camapanha-defensores
Acontece no dia 7 de maio, em São Paulo, o lançamento da campanha “Somos todxs defensorxs”, uma iniciativa desenvolvida pela Plataforma de Direitos Humanos – Dhesca Brasil, pelo Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação, pela Justiça Global e pelo Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH).
Para marcar o lançamento, uma roda de conversa com ativistas de direitos humanos.
O objetivo da campanha, que é um dos frutos do projeto “Fortalecendo o protagonismo de redes e articulações de direitos humanos no País”, realizado pelo Fundo Brasil, é dar visibilidade a casos de criminalização das defensoras e dos defensores, chamando a atenção para os processos de coeerção e de violação de direitos de comunidades inteiras e seus porta-vozes.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Dia Mundial de Combate à Homofobia

Dia Mundial de Combate à Homofobia: Matizes em ação pela reafirmação de direitos e cidadania LGBT

O mestre Gonzaguinha embelezou o cancioneiro da música brasileira quando poetizou sobre vida cidadã e busca da felicidade: “a gente quer carinho e atenção/agente quer calor no coração/a gente quer suar, mas de prazer/ a gente quer é ter muita saúde/ a gente quer viver a liberdade/ a gente quer viver felicidade”. É para afirmar o valor da vida, sua dignidade plena, a potência  do viver como ação social transformadora que o Matizes e parceiros  realizam  15/05 ato público pelo dia Mundial de Combate à Homofobia. O evento ocorrerá na praça João Luis  a partir das 9h até 12h.

A ação do Matizes  visa entre outros objetivos reivindicar políticas públicas eficientes para assegurar felicidade e cidadania ao público LGBT. De forma persistente e autônoma,  o grupo tem atuado,  defendido e proposto junto ao poder público   políticas de educação para diversidade, ações de saúde pública humanizadoras na atenção aos lgbt,  interlocuções propositivas  com segurança pública para enfrentamento da homo-lesbo-tranfobia, interação positiva com a mídia piauiense em busca da desconstrução de preconceitos e superação de atos discriminatórios.

Para sensibilizar e promover um diálogo educativo com os teresinenses, o ato contra a homofobia e em favor da vida digna terá presença de teatro de boneco propondo  através dos personagens-protagonistas um olhar de respeito e convivência salutar com a diversidade humana. Esta ação é resultado da parceria com a Fundação Monsenhor Chaves.

Também marcará presença no evento a Delegacia   Regional do Trabalho e Emprego (DRT/PI)  para prestar informações sobre direitos trabalhistas. A Secretaria Municipal do Trabalho, Cidadania e Assistência Social e o Centro de Referência em Direitos Humanos integram a atividade através de orientação e divulgação dos serviços prestados pelas respectivas entidades. A Fundação Wall Ferraz prestará serviço de corte cabelo, maquiagem e pintura em unha.

Os estudantes de medicina da Universidade Federal do Piauí/UFPI realizarão o ‘Blitz da prevenção”. Os acadêmicos desta ação integram o comitê da UFPI da IFMSA, organização internacional ligada à Organização Mundial de Saúde e Organização das Nações Unidas. Durante o ato será distribuído  preservativos, gel e folhetos informativo-educativos sobre DST/AIDS dentre outras ações.

O Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) também estará presente no ato para realizar  orientação e divulgação de informações. Na ocasião o Matizes  distribuirá cartilhas, folder, folhetos e  materiais educativo-informativos sobre escola e combate à homofobia, legislação municipal e estadual de combate à discriminação e ações em favor da cidadania LGBT. 

Performance musical,  artistas de rua magnetizarão os participantes que circularem pelo evento. A somatória deste conjunto de ações reforça a sabedoria do poeta “É! A gente quer viver pleno direito/ a gente quer viver todo respeito/ a gente quer é ser um cidadão”

Dia Mundial de luta contra Homofobia - Fique Sabendo

O dia mundial contra homofobia  representa uma data  importante na luta pelos Direitos Humanos das pessoas LGBTS. Traduz uma caminhada histórica para construção do respeito e conquista de direitos. 

Depois de décadas de  debates, reflexões e pesquisas acadêmicas, organização e participação ativa do movimento LGBT, a Organização Mundial de Saúde(OMS), em 17 de maio de 1990, aprovou e oficializou a retirada do Código 302.0 (homossexualismo) da CID (Classificação Internacional de Doença), e declarou oficialmente que a ‘homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio’.

Este fato traduz uma conquista histórica de grande relevância para o Movimento LGBT Internacional, pois contribui para desconstrução de estereótipos, preconceitos e discriminações que violam a integridade física e psicossocial   de pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais.

A data é para relembrar às autoridades públicas  e governamentais a importância de implantar com urgência políticas de combate à homo-lesbo-transfobia. O reconhecimento pela OMS  da homossexualidade, identidade de gênero  e bissexualidade como uma das expressões legitimas da sexualidade  foi um avanço importante, mas é necessário que a  justiça e igualdade se materializem  com a ação dos agentes públicos e empresariais  para promover  políticas no campo  educacional, segurança, saúde, emprego e renda, valorização da cultura  lgbt.

Por Herbert Medeiros