O
mergulho visceral no mundo do cinema é uma possibilidade de reeducar o
olhar sobre o cotidiano, a vida e suas ondulações, as relações sociais
permeadas por toda sorte de luzes e sombras. O cineasta Orson Welles
vaticinou acerca da força simbólica do universo fílmico: “Cinema não tem
fronteiras nem limites e é um fluxo constante de sonho”. E para
imprimir novos sonhos e olhares sobre a vida social, a 2ª Mostra
Transviada de Cinema #Diversidadenatela apresentará filmes
provocativos para refletir acerca de questões de gênero, homofobia,
música e cultura popular.
O
evento acontecerá dia 17/10 no espaço cultural Galpão do Dirceu a
partir de 20h. a Mostra de Cinema exibirá os filmes ‘Quase Samba’, do
mineiro Ricardo Targino, ‘Xiri meu – Eu não dou’, do cineasta maranhense
Tairo Lisboa. O primeiro aborda a vida de cidadãos comuns entremeados
por esperanças, laços afetivos tensionados pelas relações de iniqüidades
de gênero, violência urbana. O segundo promove uma viagem no universo
da artista musical Patativa: sambista maranhense autora de mais de 100
composições.
Como
uma dos objetivos da ação cultural é propiciar um espaço de
socialização, de vivências e saberes sobre os temas levantados pelos
filmes, ativistas do movimento social farão bate-papo com o público.
Carmen Kemoly, Mona e Ariadne problematizarão sobre desigualdades
sociorraciais e seus impactos nas interações socioculturais.
Representantes do movimento LGBT também discutirão sobre as dores e
delícias de conviver em uma sociedade fortemente carregada de
preconceitos e discriminações homolesbotransfóbicos.
Ainda
integram a programação do evento a intervenção do grafiteiro Hudson
Melo. O artista performatizará o discurso polifônico entre cinema e
artes plásticas. A adrenalina vai ferver com o magnetismo do DJ Maurício
Munky, DJ Barão. Projeções e vídeo-instalações vão banhar os
participantes em sensorialidades criativas.
Por Herbert Medeiros