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sábado, 13 de fevereiro de 2010

Matizes realizará 1ª Mostra Cultural da Diversidade

O Grupo Matizes realizará, no período de 05 a 12 de março, a 1ª Mostra Cultural da Diversidade. Estão previstas várias atividades, dentre elas: exposições de fotografias, lançamento de livros, shows e mostra de filmes com a temática LGBT.

O evento tem o apoio do Ministério da Cultura e da FUNDAC. A maioria das atividades acontecerá no Complexo Cultural Clube dos Diários, exceto a festa "Eu gosto de ser mulher", que será realizada em um bar do Bairro Mafrense.

Segundo Herbert Medeiros, Coordenador de Imprensa do Matizes, a Mostra presenteará a sociedade teresinense com variadas produções artístico-culturais de pessoas LGBTs e também de simpatizantes.

"Sabemos que as diversas expressões culturais são uma forma de sensibilizar as pessoas e provocar nelas reflexão sobre questões ditas "polêmicas", como é o caso das homossexualidades. Daí a importância dessa mostra", diz o ativista.

Um dos destaques da Mostra é a Exposição “Matizes em movimento”. Com essa atividade, o Matizes resgatará parte da história do ativismo LGBT em Teresina, através de reportagens de jornais, peças publicitárias, impressos educativos etc. "A exposição é uma retrospectiva dos 07 anos de luta do Matizes para o reconhecimento de lésbicas, grays, travestis e transexuais como sujeitos de direito", explica Carmen Ribeiro, Coordenadora Geral do Matizes.


MOSTRA CULTURAL DA DIVERSIDADE


Þ 05 de março de 2010

18h – Abertura - Local: Galeria do Complexo Cultural Clube dos Diários


18h30min – Lançamento dos Livros:

- Primeiro livro das diferenças: de família e bandos, de Flavio Brebis

“Letras da Diversidade” – organizadora Marleide Lins


20h30min - Show “As Divas” – Produção: Cláudia Simone e João Vasconcelos - Local: Galeria do Complexo Cultural Clube dos Diários


Þ 05 de março de 2010

21h – Festa “Eu gosto de ser mulher”, c/ Elines Andrade, Rita Farias e Dj – Local: Lagoinha da Mãe Alda (Rui Barbosa, 5359 – Mafrense)

Þ 05 a 12 de março de 2010

Exposição de Fotografias “Lésbicas de todos os Matizes” - Local: Galeria do Complexo Cultural Clube dos Diários

Exposição “Matizes em movimento” - Local: Galeria do Complexo Cultural Clube dos Diários

Þ 08 a 12 de março de 2010

Mostra de filmes - Local: Sala Torquato Neto

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A cerveja e o assassinato do feminino

Fonte: Berenice Bento (Portal Violência Contra Mulher)

Há muitas formas de se assassinar uma mulher: revólveres, facas, espancamentos, cárcere privado, torturas contínuas. Mesmo com um ativismo feminista que tem pautado a violência contra as mulheres como uma das piores mazelas nacionais, a estrutura hierarquizada das relações entre os gêneros resiste, revelando-nos que há múltiplas fontes que alimentam o ódio ao feminino. Como não ficar estarrecida com a reiterada violência contra as mulheres nos comerciais de cerveja? Com raras exceções, a estrutura dos comerciais não muda: a mulher quase desnuda, a cerveja gelada e o homem ávido de sede. As campanhas são direcionadas para o homem, aquele que pode comprar. Alguns exemplos: uma mulher faz uma pequena dissertação sobre a cerveja para uma audiência masculina, incrédula de sua inteligência. Logo o mal-entendido se desfaz: claro, uma mulher não poderia saber tantas coisas se tivesse como mentor um homem; a mulher é engarrafada, transformada em cerveja; um mestre obsceno infantiliza e comete assédio moral contra uma discípula; ela é a BOA. Quem? O quê? A mulher ou a cerveja? Todos os comerciais são de cervejas diferentes e estão sendo exibidas simultaneamente. Nesses comerciais não há metáforas. A mulher não é "como se fosse a cerveja": é a cerveja. Está ali para ser consumida silenciosamente, passivamente, sem esboçar reação, pelo homem. Tão dispensável que pode, inclusive, ser substituída por uma boneca sirigaita de plástico, para o júbilo de jovens rapazes que estão ansiosos pela aventura do verão. Se já criminalizamos alguns discursos porque são violentos, não é possível continuarmos passivamente consumindo discursos misóginos a cada dia, como se o mundo da televisão não estivesse ligado ao mundo real, como se as violências ali transmitidas tivessem fim no click do controle remoto. Embora a matéria-prima para elaboração desses comerciais esteja nas próprias relações sociais, nas performances ali apresentadas há uma potencialização da violência. Não há uma disjunção radical entre violência simbólica e física. Há processos de retroalimentação. A força da lei já determinou que os insultos racistas conferem ao emissor a qualidade de racista. Também caminhamos para a criminalização da homofobia em suas múltiplas manifestações, inclusive dos insultos. Por que, então, devemos continuar repetidas vezes ao longo do dia a escutar "piadas" misóginas, alimentando a crença na superioridade masculina sem uma punição aos agressores? Sabemos da força da palavra para produzir o que nomeia, sabemos que uma piada homofóbica, racista, está amarrada a um conjunto de permissões sociais e culturais que autoriza o piadista a transformar o outro em motivo de seu riso. Agora, é incalculável o estrago que imagens reiteradas de mulheres quase desnudas, que não falam uma frase inteligente, que estão ali para servir a sede masculina, invisibilizadas em duas tragadas, provocam na luta pelo fim da violência contra as mulheres. Da mesma forma que o "piadista" racista e/ou homofóbico acha que tudo não passa de "brincadeira", o marqueteiro misógino supõe que sua "obra-prima" apenas retrata uma verdade aceita por todos, inclusive por mulheres: elas existem para servir aos homens. E como é uma verdade aceita por todos, por que não brincar com ela? Ou seja, nessa lógica, ele não estaria fazendo nada mais do que reafirmar algo posto. Será? Não é possível que defendam aquela sucessão de imagens violentas como "brincadeiras". Essa ingenuidade não cabe a alguém que sabe a força da imagem para criar desejos. O que pensam os formuladores dos comerciais? Que tipo de mulheres habita seus imaginários? Por que há essa obsessão pelos corpos femininos? Será que eles ainda pensam que as mulheres não consomem cerveja? Não se trata de negar a mulher-consumível, coisificada, pela mulher consumidora, mas de apontar os limites de uma estrutura de comercial que peca inclusive em termos mercadológicos. Tal qual o assassino que matou sua esposa acreditando que sua masculinidade está ligada necessariamente à subordinação feminina, a cada gole de mulher, o homem sente-se, como em um ritual, mais homem. Conforme ele a engole, ela desaparece de cena para surgir a imagem de um homem satisfeito, feliz; afinal, matou sua sede. É um massacre simbólico ao feminino. É uma violência que alimenta e se alimenta da violência presente no cotidiano contra as mulheres. --- Berenice Bento é doutora em sociologia, pesquisadora associada do Departamento de Sociologia da UnB e autora do livro "A Reinvenção do Corpo: sexualidade e gênero na experiência transexual". ---Publicado na Folha de S.Paulo, 03/01/07.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Matizes leva bom humor e imaginação no Corso de Teresina

O Grupo Matizes participará neste sábado do Corso, organizado pela Prefeitura de Teresina, através da Fundação Muncipal de Cultura Mons. Chaves. Com o tema "salve a bicharada", todos os integrantes da Arca da Diversidade estarão fantasiados de bicho.

Segundo Herbert Medeiros, Coordenador de Imprensa do Matizes, o objetivo do Grupo é chamar a atenção para a importância do respeito aos animais."A escolha do tema foi proposital. Exploramos o duplo siginificado das palavras 'salve' e 'bicharada', inclusive procurando ressignificar esta última - que sempre foi usada de forma pejorativa para se referir aos gays", explica o militante.

Em 2009, o Matizes participou do Corso pela primeira vez. Este ano, o número de participantes foi ampliado e o Grupo conseguiu apoios importantes para colocar sua Arca da Diversidade na rua. O Ministério da Cultura é um dos apoiadores do Matizes nessa atividade.

Além de militantes do movimento LGBT, estarão na Arca da Diversidade integrantes da Associação Piauiense de Proteção e Amor aos Animais - APIPA. Segundo Carmen Ribeiro, Coordenadora Geral do Matizes, a participação de LGBTs no Corso tem tudo a ver com a história dessa importante manifestação da cultura popular.

"Sabemos que o auge do Corso se deu entre os anos 30 e 50, protagonizado por prostitutas da Paissandu que iam às ruas protestar contra a discriminação que elas sofriam. Nossa participação nos dias de hoje também tem esse sentido: dizer não ao preconceito", finaliza a Coordenadora.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

BBB 10: Angélica diz estar apaixonada por mulher da casa

Fonte: Yahoo!Noticias

Qui, 04 Fev, 10h10

Por Redação Yahoo! Brasil

A última festa do Big Brother Brasil 10, nesta quarta-feira (3), foi animada. Vestido como Dimmy Kieer, Dicesar agitou os companheiros de confinamento, dançou dentro de um gaiola e deu um selinho em Angélica e Elenita.

Depois do agito, Angélica e Dourado conversaram sobre relacionamentos. A jornalista confessou ao lutador que está interessada em alguém da casa e pediu alguns conselhos. "É se expor bastante, Morango", disse o brother, que completou: "Você tá apaixonada. Acho que tem que tentar. Vai que rola alguma coisa. A galera tem uma cabeça tão aberta. Você acha que não?".

Angélica afirmou que tem medo de se envolver com alguém e acabar saindo do programa. "Como distinguir o que é brincadeira de uma coisa séria?", perguntou.