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segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Matizes muda data e anuncia Pablo Vittar na Parada da Diversidade


O Grupo Matizes alterou a atração musical da Parada da Diversidade 2018. O cantor Johnny Hooker será substituído por Pablo Vittar no show de encerramento. O anúncio foi feito na tarde desta segunda-feira (13).  Além da atração, o grupo mudou também a data do evento, que agora acontecerá no dia 2 de setembro ao invês de 26 de agosto. O local está mantido, a avenida Raul Lopes, zona Leste de Teresina.
Em nota à imprensa, o Matizes justificou a mudança de Johnny Hooker após polêmicas envolvendo o nome do artista nas redes sociais que resultaram em ameaças a ele e a segurança do evento. Circula na internet um vídeo de Hooker onde ele afirma que Jesus seria travesti.
“O cantor Johnny Hooker não se apresentará mais no show de encerramento da 17ª Parada da Diversidade, vez que os órgãos de segurança e tampouco o Matizes, dispõem de mecanismos para evitar que as ameaças de “dar uma surra”, “rebolar pedras”, “queimar esse bicho vivo” sejam concretizadas por aquelas pessoas que as fizeram, haja vista que o evento acontece em espaço aberto”, disse o grupo.
Ainda de acordo com o Matizes, a organização do evento fez prints de algumas postagens em redes sociais com manifestações de intolerância e vai acionar a justiça.  “Esses prints serão entregues às autoridades, com o devido pedido de apuração”, afirma o grupo.
Além de Pablo Vittar, se apresentam na Parada da Diversidade Benício Bem, Bia e os Beck e Chandelly Kidman.
Da Redação
redacao@cidadeverde.com

domingo, 22 de julho de 2018

14ª Semana do Orgulho de Ser



Cover arte semana do orgulho de ser 2018

14ª Semana do Orgulho de Ser

O Grupo Matizes, organização da sociedade civil que atua na defesa e promoção dos Direitos Humanos de LGBTs e Diversidades, realiza há 14 anos a Semana do Orgulho de Ser. Nesta 14ª edição do evento, a se realizar  de 22 a 29 de agosto, o tema a ser levado para a agenda pública será “Oprimidas/os, uni-vos: Por mais Direito e Democracia.
A 14ª Semana do Orgulho de Ser pretende  contribuir para o processo de fortalecimento das lutas de grupos socialmente inferiorizados (mulheres, negr@s, LGBT, pessoas com deficiência), bem como traçar estratégias de ações conjuntas que contribuem para o enfrentamento das desigualdades e de todas formas de discriminação  contra  esses segmentos populacionais. Também realizará  ações educativas e de promoção dos Direitos Humanos envolvendo instituições públicas e privadas e promoverá ações voltadas à promoção da saúde biopsicossocial dos segmentos vulnerabilizados.
A Semana do Orgulho de Ser  é um conjunto de ações potentes que ocorre através do uso de múltiplas linguagens,  levando o debate sobre a diversidade sexual  e questões de gênero para um público variado (estudantes, professores/as, jornalistas,  servidores/as públicos, LGBT’s, militantes do movimento social).  A programação da Semana é bastante diversificada, dela fazendo parte oficinas, palestras, roda de conversas,  debates,  colóquios, seminários,   shows, mostras de filmes, atividades esportivas. Ressalta-se que  todas essas     ações que integram a programação são gratuitas e abertas à participação de qualquer pessoa interessada. Acrescenta-se que a Semana do Orgulho de Ser tem se constituído em um importante espaço de formação/atualização para servidores/as públicos, estudantes, professores/as e outras pessoas interessadas no tema da diversidade sexual.
Importantes pesquisadoras(es) já participaram das atividades da Semana, dentre elas(es): Profª Drª Andrea Rufino (UESPI), Prof. Dr. Alípio de Sousa Filho (UFRN), Prof. Dr. Luiz Mello (UFG), Dr. Rogério Diniz Junqueira (INEP), Profª Drª Valéria Melki Busin (UNEMAT), Drª Yury Puello Orozco.
A importância da Semana do Orgulho de Ser pode ser dimensionada a partir de alguns indicadores: I) o evento faz parte do calendário acadêmico da Universidade Federal do Piauí, Universidade Estadual do Piauí, Centro Universitário e da Faculdade Santo Agostinho; II) o Ministério da Cultura selecionou a Semana do Orgulho de Ser como uma das experiências exitosas no combate à LGBTfobia, através do “Prêmio Cultural GLBT 2008”; III) voto de Louvor ao Grupo Matizes, aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado pela realização da Semana do Orgulho de Ser, nos anos de 2009 e 2011. Ao longo dos anos, tem-se observado também um crescente aumento das parcerias firmadas para realização do evento, bem como aumento do número de participantes.
https://www.vakinha.com.br/vaquinha/14-semana-do-orgulho-de-ser

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Manifestantes fazem ato contra a 'cura gay' na Avenida Frei Serafim

Para os ativistas, a decisão judicial que autoriza a terapia de "reversão sexual" representa um retrocesso e um perigo à saúde de gays, lésbicas e bissexuais.

Dezenas de pessoas se reuniram, no final da tarde desta segunda-feira (25), na avenida Frei Serafim, em um ato pela revogação da liminar que dá autorização para psicólogos poderem tratar a homossexualidade como doença. Apesar do clima festivo, os manifestantes se posicionaram com cartazes em mãos para chamar a atenção da população teresinense sobre a polêmica. Para os ativistas dos direitos LGBT, a decisão judicial representa um retrocesso e um perigo à saúde de gays, lésbicas e bissexuais.
O ato foi organizado por entidades e movimentos organizados da sociedade civil, entre eles, o Conselho Regional de Psicologia, Conselho Regional de Serviço Social, Grupo Matizes, Grupo Piauiense de Transexuais e Travestis e pela Liga LGBT. De acordo com a coordenadora do Grupo Matizes, Marinalva Santana, a manifestação teve como objetivo reafirmar a importância da resolução 001/99 do Conselho Regional de Psicologia, considerando que a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão.
“Nós vemos essa decisão como um retrocesso. Uma resolução que estava em vigor há 18 anos, e um juiz através de uma canetada quer cassar uma conquista histórica, tanto da sociedade, como dos profissionais da área da psicologia e do movimento LGBT. Estamos aqui para protestar e dizer que não vamos aceitar passivamente essa retirada de direitos”, afirma, acrescentando que a decisão é um reflexo de uma onda conservadora que tem crescido no Brasil nos últimos anos.
Para a coordenadora do Grupo Matizes a decisão é um reflexo de uma onda conservadora que tem crescido no Brasil nos últimos anos. (Foto: Jailson Soares/Jornal O Dia)
Para a presidente da Comissão de Direitos Humanos do Conselho Regional de Psicologia, Elizandra Pires, a liminar reforça o preconceito e a estigmatização de gays, lésbicas e bissexuais. Além de provocar o adoecimento dessa população. “Essa forma de tentar adequar a pessoa dentro da sociedade pode aumentar a angústia, a ansiedade e até tentativas de suicídio. Já foi comprovado cientificamente que não tem como a orientação sexual ser como colocada como um problema de adoecimento, uma patologia”, afirma. 
Para a presidente da Comissão de Direitos Humanos do CRF, a liminar reforça o preconceito e a estigmatização de gays, lésbicas e bissexuais.  (Foto: Jailson Soares/O Dia)
A psicóloga destaca ainda que o grupo de psicólogos responsável pela ação judicial trabalham dentro de uma vertente que não é científica, constituindo, assim, exercício ilegal da profissão. “A partir do momento que você trabalha com a possibilidade de uma coisa que não foi testada cientificamente, você não trabalha com ciência. Quando você começa a trabalhar se intitulando como psicólogo, e trabalhando com práticas que não são da psicologia, isso é exercício ilegal da profissão”, pondera.
O ato composto por jovens, adultos e até animais de estimação, também pontuou a retirada da transexualidade de dentro do rol de patologias pela Organização Mundial de Saúde e pelo Conselho Federal de Psicologia. “Também estamos aqui para tirar transexualidade do rol de doenças e transformá-lo em modo de ser, assim como a homossexualidade”, explica a coordenadora do GPTrans, Maria Laura dos Reis.
A presidente do GPTrans afirma que a luta também engloba a retirada da transexualidade do rol de patologias da OMS. (Foto: Jailson Soares/O Dia)
Entenda
A Justiça Federal do Distrito Federal concedeu uma liminar, no último dia 15 de setembro, que abre brecha para psicólogos tratarem a homossexualidade como doença. Por meio do documento, o juiz federal, Waldemar Cláudio de Carvalho, determinou que o Conselho Federal de Psicologia não proíba psicólogos de realizar atendimentos orientados para uma “cura gay”, alegando que a proibição atenta contra a liberdade profissional.  A ação foi movida por um grupo de psicólogas (os) defensores da prática e gerou uma repercussão negativa entre movimentos sociais, entidades da área da saúde e entre a própria população LGBT.


Veja fotos do ato:
(Fotos: Jailson Soares/ O Dia)
 Ato contra a Cura Gay na Frei SerafimAto contra a Cura Gay na Frei SerafimAto contra a Cura Gay na Frei SerafimAto contra a Cura Gay na Frei SerafimAto contra a Cura Gay na Frei SerafimAto contra a Cura Gay na Frei SerafimAto contra a Cura Gay na Frei SerafimAto contra a Cura Gay na Frei SerafimAto contra a Cura Gay na Frei SerafimAto contra a Cura Gay na Frei SerafimAto contra a Cura Gay na Frei SerafimAto contra a Cura Gay na Frei SerafimAto contra a Cura Gay na Frei SerafimPortal O Dia - Últimas notícias sobre o Piauí, esportes e entretenimento

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Matizes protesta contra “cura gay” e especialista no Piauí dispara: “não é uma doença”

Matizes protesta contra “cura gay” e especialista no Piauí dispara: “não é uma doença”

Marinalva do Grupo Matizes, lamentou a decisão e a psicóloga, especialista em psicologia familiar, Ana Rosa, afirmou que a decisão do juiz é um retrocesso para a sociedade


A decisão do juiz que concedeu liminar para tratar a orientação sexual como um problema psicológico, a chamada ‘cura gay”, dividiu opiniões no Brasil inteiro.
E em Teresina não poderia ser diferente. A reportagem do OitoMeia entrou em contato com a coordenação do Grupo Matizes, que luta pelos direitos LGBT (Lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros).
Marinalva Santana em entrevista ao OitoMeia (Foto: André Luis/ OitoMeia)
“A gente só lamenta uma decisão como essa. Isso é só um reflexo dos tempos sombrios que estamos vivendo, de pessoas quererem tirar os direitos conseguidos ao longo de tantos anos”, disse a coordenadora do grupo Matizes Marinalva Santana por telefone.
Marinalva é casada com Lúcia Quitéria. As duas são casadas há dez anos e juntas têm uma filha. Para ela, não se pode ver a orientação sexual como uma doença: “É triste quando a gente vê algumas pessoas, ditas como profissionais, decidindo que ser gay é ou não é uma doença. O matizes espera que essa decisão caia, até porque o próprio Conselho Federal de Psicologia [CFP]  vai recorrer dessa liminar”, afirmou.
Luma chegou na família com oito meses (Foto: Arquivo pessoal )
Veja também: Luma, de três anos, bate no peito pra dizer que tem duas mães. Hoje comemora em dobro
Marinalva disse ainda que o grupo Matizes já vem fazendo atuações em escolas e universidades, e que essa é uma prática comum do grupo. “Antes dessa decisão sair, nós já havíamos conversado com o Conselho Regional de Psicologia para uma possível reunião que irá acontecer na próxima semana. Agora com essa decisão, ela é mais que necessária. Mas esperamos que até lá essa liminar já tenha caído”.
Dia do Orgulho LGBT  comemorado com combate à discriminação / (Foto: Reprodução)
A psicóloga formada pela Universidade Estadual do Piauí, especialista em psicologia familiar e pacientes enlutados , Ana Rosa diz que a decisão do juiz é um retrocesso para a sociedade. “É uma decisão muito mal embasada. Tratar a decisão sexual como uma doença é algo de se causar muita indignação. Eu e meus colegas vimos essa notícia como um retrocesso, até porque dentro da própria psicologia há uma luta da inserção da identidade de gênero, fiquei indignada com a decisão”, pontuou a especialista.
Em nota o Conselho Federal de Psicologia disse que foi contra a ação e que os representantes do órgão destacaram que a homossexualidade não é considerada patologia. O CFP destacou ainda que com a decisão há impactos negativos no enfrentamento aos preconceitos e na proteção dos direitos da população LGBT. Por fim o Conselho informou que o processo está em sua fase inicial e afirmou que vai recorrer da decisão liminar.
Veja nota do Conselho Federal de Psicologia na íntegra
A Justiça Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal acatou parcialmente o pedido liminar numa ação popular contra a Resolução 01/99 do Conselho Federal de Psicologia (CFP) que orienta os profissionais da área a atuar nas questões relativas à orientação sexual. A decisão liminar, proferida nesta sexta-feira (15/9), abre a perigosa possibilidade de uso de terapias de reversão sexual. A ação foi movida por um grupo de psicólogas (os) defensores dessa prática, que representa uma violação dos direitos humanos e não tem qualquer embasamento científico.
Na audiência de justificativa prévia para análise do pedido de liminar, o Conselho Federal de Psicologia se posicionou contrário à ação, apresentando evidências jurídicas, científicas e técnicas que refutavam o pedido liminar. Os representantes do CFP destacaram que a homossexualidade não é considerada patologia, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) – entendimento reconhecimento internacionalmente. Também alertaram que as terapias de reversão sexual não têm resolutividade, como apontam estudos feitos pelas comunidades científicas nacional e internacional, além de provocarem sequelas e agravos ao sofrimento psíquico.
O CFP lembrou, ainda, os impactos positivos que a Resolução 01/99 produz no enfrentamento aos preconceitos e na proteção dos direitos da população LGBT no contexto social brasileiro, que apresenta altos índices de violência e mortes por LGBTfobia. Demonstrou, também, que não há qualquer cerceamento da liberdade profissional e de pesquisas na área de sexualidade decorrentes dos pressupostos da resolução.
A decisão liminar do juiz federal Waldemar Cláudio de Carvalho mantém a integralidade do texto da Resolução 01/99, mas determina que o CFP a interprete de modo a não proibir que psicólogas (os) façam atendimento buscando reorientação sexual. Ressalta, ainda, o caráter reservado do atendimento e veda a propaganda e a publicidade.
Interpretação – O que está em jogo é o enfraquecimento da Resolução 01/99 pela disputa de sua interpretação, já que até agora outras tentativas de sustar a norma, inclusive por meio de lei federal, não obtiveram sucesso. O Judiciário se equivoca, neste caso, ao desconsiderar a diretriz ética que embasa a resolução, que é reconhecer como legítimas as orientações sexuais não heteronormativas, sem as criminalizar ou patologizar. A decisão do juiz, valendo-se dos manuais psiquiátricos, reintroduz a perspectiva patologizante, ferindo o cerne da Resolução 01/99.
O Conselho Federal de Psicologia informa que o processo está em sua fase inicial e afirma que vai recorrer da decisão liminar, bem como lutará em todas as instâncias possíveis para a manutenção da Resolução 01/99, motivo de orgulho de defensoras e defensores dos direitos humanos no Brasil.

Matizes ministra palestra no Bairro Promorar

Matizes ministra palestra no Bairro Promorar

A discussão despertou também interesse de professores e alunos de outras séries da Escola.

O que é homofobia? Quais as formas de discriminação contra LGBT? Como a vítima de homofobia deve agir? Essas e outras questões foram abordadas durante palestra ministrada ontem (20) pela Coordenadora do Grupo Matizes, Marinalva Santana.

A atividade aconteceu na Escola Estadual Domício Magalhães, no Bairro Promorar, tendo como público-alvo estudantes do 3º ano do Ensino Médio. A discussão despertou também interesse de professores e alunos de outras séries da Escola.

Durante a exposição, Marinalva Santana explicou alguns conceitos, como preconceito, discriminação,  orientação sexual, identidade de gênero. O tema despertou bastante interesse dos participantes, transformando a palestra em um rico bate-papo. A estudante Dulcyane Ribeiro, por exemplo, quis saber quais as principais dificuldades enfrentadas por LGBT no cotidiano para ter seus direitos reconhecidos. 

Segundo Marinalva Santana, a palestra de ontem é uma ação do Projeto "Direitos por inteiro e não pela metade", executado pelo Matizes, com apoio da Brazil Foundation. "Através desse projeto, temos realizados palestras em escolas e universidades, dialogando com estudantes e professores sobre direitos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais", explica Marinalva.


SOBRE O PROJETO:

projeto Direitos por inteiro e não pela metade é executado pelo Matizes desde maio de 2017, com o apoio da Brazil Foundation. No plano de trabalho, estão previstas  ações de formação para LGBT de Teresina, além de  diálogo com educadoras(es), estudantes e agentes públicos, sobre direitos da população LGBT, cobrando destes últimos a efetividade das normas jurídicas (leis, decretos, portarias etc) que reconhecem LGBT como sujeitos de direitos.
Através do Projeto já foram realizadas palestras para estudantes, professores e servidores públ